Venda de veículos tem alta de 13,4% no semestre
A venda de veículos automotores registrou alta de 13,4% no primeiro semestre de 2019 em comparação a igual período do ano anterior. Segundo dados divulgados pela Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave), 1.919.047 unidades foram licenciadas de janeiro a junho, ante 1.691.532 unidades comercializadas no mesmo período do ano passado. As vendas levam em conta automóveis, comerciais leves, caminhões, ônibus e motocicletas. No mês de junho foram emplacados 316.475 veículos, 11,7% abaixo do volume registrado no mês de maio de 2019, quando 358.456 unidades foram licenciadas. Na comparação com junho de 2018, mês que registrou 287.697 unidades emplacadas, a alta é de 10%.
Para o presidente da Fenabrave, Alarico Assumpção Júnior, o desempenho negativo em junho se deve aos dias úteis a menos no mês. "Tivemos 19 dias úteis em junho contra 22 dias úteis em maio, ou seja, três dias úteis a menos. Essa redução provocou uma queda de 11,7% no setor como um todo em junho, porém as vendas diárias no mesmo período cresceram 2,2%", comemorou. Já o resultado positivo no semestre está relacionado ao período sem eventos adversos. "No acumulado o crescimento chegou a 13,4%, mas no primeiro semestre do ano passado fomos afetados pela greve dos caminhoneiros e pela Copa do Mundo que impactaram as vendas do setor", relembrou Assumpção Júnior. O destaque no semestre ficou por conta do segmento de ônibus, que registrou venda de 12.403 unidades, ou seja, alta de 71,3% na comparação com o mesmo período do ano passado, quando foram vendidos 7.238 ônibus. "Esse crescimento se deve principalmente ao Programa Caminho da Escola e à renovação da frota de ônibus rodoviário e urbanos", apontou o representante do segmento de caminhões, ônibus e implementos, Sérgio Zonta.
Apesar dos resultados positivos do primeiro semestre, as projeções não são tão otimistas. "Revisamos nossas projeções e para o setor em geral, projetamos crescimento de 9,1% contra 10,7% previstos em abril", anunciou Assumpção Júnior. Para o presidente da Fenabrave, a revisão se deve ao cenário atual. "Eu levaria em conta a queda de confiança do consumidor e a expectativa com as reformas, e quando fizemos a última expectativa estávamos num cenário mais positivo", revelou.
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