Taxa de desocupação atinge 6,5% no trimestre encerrado em janeiro

Número de pessoas desocupadas no país cresceu 5,3% na comparação com o trimestre anterior
Cerca de 7,2 milhões de pessoas estavam desocupadas no país, de novembro de 2024 a janeiro de 2025

A PNAD Contínua de novembro de 2024 a janeiro de 2025, divulgada nesta quinta-feira (27) pelo IBGE, mostrou que a taxa de desocupação no Brasil chegou a 6,5%, aumentando 0,3 ponto percentual em relação ao trimestre de agosto a outubro de 2024 (6,2%). Trata-se da segunda variação positiva em sequência, após o menor nível de desocupação da série histórica registrado no trimestre móvel de setembro a novembro (6,1%). Já a taxa de subutilização da força de trabalho [percentual de pessoas desocupadas, subocupadas por insuficiência de horas trabalhadas e na força de trabalho potencial em relação à força de trabalho ampliada] ficou em 15,5%, resultado considerado estável na comparação trimestral (15,4%).

Cerca de 7,2 milhões de pessoas estavam desocupadas no país, de novembro de 2024 a janeiro de 2025. Frente ao trimestre móvel anterior (agosto a outubro), houve aumento de 5,3%, o que corresponde a mais 364 mil indivíduos sem ocupação. Por outro lado, no confronto com igual trimestre do ano anterior, quando existiam 8,3 milhões de pessoas desocupadas, houve recuo de 13,1%, uma redução de 1,1 milhão de pessoas desocupadas na força de trabalho.

A quantidade de pessoas ocupadas ao final do trimestre que terminou em janeiro deste ano era de aproximadamente 103 milhões. Isso significa uma diminuição de 0,6%, ou seja, menos 641 mil pessoas em relação ao trimestre anterior. Comparando com novembro de 2023 a janeiro de 2024, quando havia no Brasil 100,6 milhões de pessoas ocupadas, ocorreu alta de 2,4% (mais 2,4 milhões de pessoas). O nível da ocupação (percentual de pessoas ocupadas na população em idade de trabalhar), por sua vez, atingiu 58,2%, redução de 0,5 ponto percentual ante o trimestre de agosto a outubro de 2024 (58,7%). Confrontado ao mesmo trimestre do ano anterior (57,3%), esse indicador teve variação positiva de 0,9 ponto percentual.

"A taxa de desocupação para este trimestre, de 6,5%, foi menor do que em 2024 no mesmo trimestre (7,6%), ou seja, houve grande evolução. No entanto, a variação de 0,3 ponto percentual em relação ao trimestre terminado em outubro do ano passado foi a maior desde 2017, igualando 2019. Quanto à estabilidade da taxa composta de subutilização da força de trabalho, o resultado mostra que o aumento dos desocupados foi compensado pela redução do estoque de trabalhadores subocupados por insuficiência de horas trabalhadas, que diminuiu 8,3%", destaca William Kratochwill, analista da pesquisa.

A taxa de informalidade (proporção de trabalhadores informais na população ocupada) foi de 38,3%, equivalente a 39,5 milhões de trabalhadores informais. Esse índice foi inferior ao verificado tanto no trimestre móvel anterior (38,9%) como no mesmo trimestre de 2024 (39%). A queda na informalidade é consequência da redução do contingente de trabalhadores sem carteira assinada (13,9 milhões), acompanhada da estabilidade do número de trabalhadores por conta própria (25,8 milhões) nas comparações trimestral e anual. Por outro lado, o contingente de ocupados no setor privado com carteira (39,3 milhões) ficou estável na comparação trimestral e cresceu 3,6% frente ao mesmo trimestre do ano anterior.

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Sábado, 01 Março 2025

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