Supermercados acumulam crescimento de 5,6% até maio

Auxilio emergencial ajudou a manter as vendas em alta
Em maio, o setor registrou avanço de 11,9% em relação ao mesmo mês do ano anterior, e alta de 3,7% na comparação com abril

De janeiro a maio o setor supermercadista acumulou alta real de 5,6% na comparação com o mesmo período de 2019, de acordo com o Índice Nacional de Vendas da Associação Brasileira de Supermercados (Abras), apurado pelo Departamento de Economia e Pesquisa da entidade. Em maio, o setor registrou avanço de 11,9% em relação ao mesmo mês do ano anterior, e alta de 3,7% na comparação com abril. Os valores são deflacionados pelo IPCA.

"Com a chegada da pandemia do coronavírus e o isolamento social as pessoas intensificaram suas compras de abastecimento com o objetivo de estocar produtos e sair menos de casa. Por isso, o aumento nas vendas nos últimos meses já era esperado pelos empresários do setor", avalia João Sanzovo Neto, presidente da Abras. Ele destaca ainda que as medidas do governo federal para amenizar os impactos da pandemia na economia, principalmente o auxílio emergencial, também tem refletido no crescimento das vendas dos supermercados. Mesmo assim, não descartou os impactos da queda do poder de compra da população no setor gerados pelo aumento do desemprego no país.

"Muitas empresas, para garantir a sobrevivência dos seus negócios precisaram demitir, aumentando a taxa de desemprego, que seguia em lenta recuperação. O Brasil está entrando em uma séria recessão econômica, assim como a maioria dos países do mundo que foram afetados pelo novo coronavírus. Sabemos que o processo de retomada da economia necessitará do subsídio do governo às empresas que ficaram fechadas, e da desburocratização do ambiente de negócio, redução das tributações e taxas de juros para incentivar novos investimentos e contratações no varejo", argumenta. 

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Sábado, 14 Dezembro 2024

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