Prévia da inflação fica em 1,14% em setembro

É o maior índice para o mês desde 1994
Gasolina aumenta 2,85% e, junto com energia elétrica, exerce o maior impacto individual na alta do IPCA-15

Puxado pelo aumento no grupo transportes, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15) foi de 1,14% em setembro, maior resultado para o mês desde o início do Plano Real, em 1994, quando ficou em 1,63%.

Além disso, o resultado deste mês é o maior da série histórica desde fevereiro de 2016 (1,42%). No ano, o indicador acumula alta de 7,02%, e nos últimos 12 meses já ultrapassa os dois dígitos (10,05%), como apontam os dados divulgados nesta sexta-feira (24) pelo IBGE.

Nos transportes, a alta dos combustíveis (3%) veio acima da registrada no mês anterior (2,02%). A gasolina subiu 2,85% e acumula 39,05% nos últimos 12 meses. Os demais combustíveis também apresentaram altas: etanol (4,55%), gás veicular (2,04%) e óleo diesel (1,63%). No grupo, destaca-se ainda a alta nos preços das passagens aéreas, que subiram 28,76% em setembro.

Em alimentação e bebidas, a alimentação no domicílio acelerou de 1,29% em agosto para 1,51% em setembro. Os preços das carnes subiram 1,1%. Já o grupo habitação foi puxado mais uma vez pela alta na energia elétrica (3,61%), embora ela tenha desacelerado em relação a agosto (5%).

No mês passado, vigorou a bandeira vermelha patamar 2, com acréscimo de R$ 9,492 a cada 100 kWh consumidos. A partir de 1º de setembro, passou a valer a bandeira tarifária de Escassez Hídrica, que acrescenta R$ 14,20 para os mesmos 100 kWh.

Em relação aos índices regionais, todas as áreas pesquisadas tiveram alta em setembro. O menor resultado foi em Fortaleza (0,68%), influenciado pela queda nos preços do tomate (-14,35%), das carnes (-0,94%) e dos produtos farmacêuticos (-0,91%). Já a maior variação foi registrada em Curitiba (1,58%), onde pesaram as altas da gasolina (5,9%) e da energia elétrica (4,92%).

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