No que depender do vinho, ceia será mais salgada
O grupo de alimentação e bebidas continua pesando no bolso do consumidor brasileiro. Ao anunciar a inflação de novembro, o IBGE diagnosticou mais uma vez que a maior variação (+2,54%) e o maior impacto (0,53 ponto percentual) foram causados por esse segmento, que em outubro tinha subido 1,93%. De acordo com o IBGE, a variação de 15,94% no acumulado de 12 meses para alimentação e bebidas é a maior desde outubro de 2003, quando ficou em 17,46%.
Com isso, o vinho também vem sofrendo as consequências. No acumulado anual, a bebida já aumentou 5,4% no Brasil – 2,3 pontos percentuais a mais que a média do IPCA (veja os principais indicadores por cidade, compilados pelo Cepas & Cifras, na tabela ao final deste post). No que depender da falta de matéria-prima, como garrafas, e aumento de insumos nacionais e importados, o vinho poderá fechar 2020 com praticamente o dobro da inflação para o período. Ou seja, a ceia de Natal – especialmente a bebida – vai ser mais salgada.
No Sul, Porto Alegre continua sendo a cidade mais cara para degustar a bebida de Baco (16,2% de alta no acumulado dos onze meses). Enquanto isso em Curitiba o preço recuou 2,1% no ano. E, se não bastasse isso, no mês passado os valores permanecerem estáveis.
O vinho degustado fora de casa viu o preço cair 3,7% no mês passado e apresenta alta de 7,9% no ano (lembrando que, pela metodologia empregada, esse item é pesquisado apenas na cidade do Rio de Janeiro).
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