IPCA-15 fecha ano em 10,42%
O índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15) foi de 0,78% em dezembro, 0,39 ponto percentual abaixo da taxa de novembro (1,17%). Com isso, o IPCA-15 fechou 2021 em 10,42%, maior acumulado no ano (em dezembro) desde 2015 (10,71%). Em dezembro de 2020, o IPCA-15 foi de 1,06%. O índice é conhecido como a prévia da inflação oficial.
Dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados, sete apresentaram alta em dezembro. Apenas saúde e cuidados pessoais (-0,73%) e educação (0%) não registraram aumento no mês. O maior impacto e a maior variação (2,31%) vieram mais uma vez dos transportes, que encerraram o ano com alta acumulada de 21,35%. Na sequência, vieram habitação (0,9%) e alimentação e bebidas (0,35%).
O resultado do grupo transportes (2,31%) foi influenciado principalmente pela alta nos preços dos combustíveis (3,4%) e, em particular, da gasolina (3,28%). Além disso, os preços do etanol (4,54%) e do óleo diesel (2,22%) também subiram. Os preços dos automóveis novos (2,11%) e usados (1,28%) seguiram em alta. Outro destaque foram as passagens aéreas (10,07%), que voltaram a ser reajustadas após o recuo de 6,34% observado em novembro.
No grupo habitação (0,9%), a maior contribuição veio da energia elétrica (0,96%), cujo resultado ficou próximo ao do mês anterior (0,93%). Desde setembro, está em vigor a bandeira Escassez Hídrica, que acrescenta R$ 14,20 na conta de luz a cada 100 kWh consumidos.
A alta de 0,35% em alimentação e bebidas se deve principalmente à alimentação no domicílio (0,46%). A maior contribuição individual veio do café moído (9,1%), que acelerou em relação a novembro (4,91%). Além disso, os preços das frutas (4,1%) e das carnes (0,9%) subiram em dezembro, após os recuos do mês anterior.
O único grupo com queda em dezembro foi saúde e cuidados pessoais (-0,73%). A variação negativa ocorreu por conta dos itens de higiene pessoal (-3,34%), em particular o perfume (-9,82%), os produtos para pele (-8,7%) e os artigos de maquiagem (-4,71%).
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