Industriais demonstram falta de confiança pelo terceiro mês seguido

Pessimismo vem crescendo desde os primeiros sinais de desaceleração da economia
A avaliação dos empresários é de que o momento das empresas e da economia brasileira é pior do que era há seis meses

Os empresários da indústria demonstram pessimismo pelo terceiro mês consecutivo. Em março, o Índice de Confiança do Empresário Industrial (ICEI) passou de 49,1 pontos para 49,2 pontos. É que informa a Confederação Nacional da Indústria (CNI) em pesquisa divulgada nesta terça-feira (18). O movimento foi insuficiente para que o indicador ultrapassasse a linha divisória de 50 pontos – que separa confiança de falta de confiança. Em 2025, os industriais brasileiros ainda não demonstraram confiança. Claudia Perdigão, especialista em políticas e indústria da CNI, afirma que o pessimismo dos empresários vem crescendo desde os primeiros sinais de desaceleração da economia, no fim do ano passado.

"O resultado do PIB do quarto trimestre indicou perda de ritmo da atividade econômica, inclusive um pouco mais forte do que o esperado para o período. Isso coloca o empresário em uma situação de desconfiança e de receio. Esse movimento se observa, por exemplo, com a queda do consumo das famílias na passagem do terceiro para o quarto trimestre, o que não acontecia há alguns períodos", analisa. Um dos dois subíndices do ICEI, o índice de condições atuais caiu 0,4 ponto, para 44 pontos, na passagem de fevereiro para março. A avaliação dos empresários é de que o momento das empresas e da economia brasileira é pior do que era há seis meses.

Já o índice de expectativas subiu 0,3 ponto, para 51,8 pontos, o que demonstra que as perspectivas positivas dos para os próximos seis meses aumentaram. Esse resultado, no entanto, é explicado unicamente pelas boas expectativas dos industriais para as empresas, uma vez que a avaliações sobre o futuro próximo da economia continuam negativas. Claudia acredita que o ICEI deve continuar abaixo da linha de 50 pontos nos próximos meses. "Espera-se que 2025 seja, de modo geral, um ano de atividade mais fraca em relação a 2024. Nós ainda estamos sentindo o efeito de uma política monetária restritiva e isso deve continuar nos próximos períodos", pontua. Segundo ela, se houver redução de pressões negativas sobre a atividade, o ICEI pode recuperar a sua posição de confiança, mas, por enquanto, a avaliação deve continuar baixa, principalmente no que diz respeito às expectativas sobre a economia brasileira.

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Quarta, 19 Março 2025

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