Empresários gaúchos demonstram falta de confiança no primeiro semestre

Indústria mostra preocupação com situação atual e futura da economia brasileira
Pessimismo deve desestimular os investimentos, projetando um baixo dinamismo para a atividade industrial nos próximos meses

O Índice de Confiança do Empresário Industrial gaúcho (ICEI-RS), divulgado pelo Sistema Fiergs, registrou aumento em junho, na comparação com maio. Subiu um ponto e alcançou 48,5 no mês, resultado que, abaixo dos 50, foi insuficiente para evitar que a indústria do Rio Grande do Sul fechasse o primeiro semestre sem confiança. "O principal motivo para esta contínua falta de otimismo é a persistente percepção negativa entre os empresários em relação à situação atual e futura da economia brasileira. Principalmente por causa do cenário econômico interno, que combina a incerteza da política fiscal com o fato de os empresários terem de enfrentar uma política monetária restritiva e inflação persistente", avalia o presidente da Federação das Indústrias do Rio Grande do Sul (Fiergs), Claudio Bier. Segundo ele, não há fator que possa mudar essa conjuntura no curto prazo.

O índice de condições atuais cresceu de 42,4, em maio, para 43,2 pontos, em junho. No entanto, como continuou abaixo de 50, revela que os empresários gaúchos seguem percebendo piora nas condições dos negócios, especialmente com relação ao cenário econômico doméstico, inalterado de maio para junho. O índice de condições da economia brasileira ficou estável em 35,9 pontos. A percepção de deterioração da economia é predominante entre 51,3% dos empresários, enquanto 2,5% consideram que ela melhorou. Mesmo com a elevação de 45,7 para 46,8 pontos, o índice de condições das empresas continua a apontar para uma piora nas condições, da mesma forma que os demais indicadores, embora com um pouco menos intensidade e disseminação. "Esse pessimismo demonstrado deve desestimular os investimentos, projetando um baixo dinamismo para a atividade industrial nos próximos meses", enfatiza Bier.

Para o próximo semestre, o índice de expectativas avançou de 50 pontos, em maio, para 51,2 na pesquisa realizada de 2 a 11 de junho, passando para o nível de otimismo. Porém, há pessimismo com relação à economia brasileira (o índice oscilou de 41,5 para 41,1 pontos). Para 35,4% dos empresários gaúchos, o cenário econômico deve piorar no curto prazo, enquanto 8,2% pensam o contrário. A maioria, 56,3%, não prevê mudança no cenário. O otimismo se limita apenas ao futuro da própria empresa (54,3 para 56,2, o maior patamar em junho). Isso revela que, apesar das preocupações com o cenário econômico, os empresários gaúchos estão mais otimistas com o futuro de suas empresas.

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Quarta, 25 Junho 2025

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