Crédito deve crescer 6,8% em 2023, liderado pelos recursos às famílias

Pesquisa mensal da Febraban mostra que expansão da carteira no mês de dezembro pode chegar a 1,2%, mas ritmo de crescimento perde força e aponta estabilização
Como ocorreu nos últimos anos, em 2023 o avanço da carteira será novamente liderado pelo crédito às pessoas físicas, que deverá registrar expansão de 8,9%

A carteira de crédito em dezembro deverá registrar alta de 1,2% e, com isso, o resultado do saldo total no ano passado poderá registrar crescimento de 6,8%. Como ocorreu nos últimos anos, em 2023 o avanço da carteira será novamente liderado pelo crédito às pessoas físicas, que deverá registrar expansão de 8,9%. Já a carteira para pessoas jurídicas deve mostrar resultado mais modesto no ano, com alta de 3,6%. É o que revela a Pesquisa Especial de Crédito da Febraban, divulgada mensalmente como uma prévia da Nota de Política Monetária e Operações de Crédito do Banco Central. As projeções são feitas com base em dados consolidados dos principais bancos do país. O Banco Central deverá divulgar a Nota de Política Monetária e Operações de Crédito em 26 de janeiro. 

"Nossa pesquisa mostra que teremos o sexto ano de crescimento no estoque de crédito para as famílias e empresas, com altas de dois dígitos entre 2020 e 2022. Como esperado, o ritmo de crescimento anual da carteira tem perdido ímpeto e deve seguir assim em dezembro, porém de maneira mais contida, dando sinais de estabilização", avalia Isaac Sidney, presidente da Febraban.  "Os bancos querem emprestar mais e com taxas mais baixas, em condições mais acessíveis. Basta termos condições estruturais que facilitem esse processo. É fundamental menos intervenção estatal nas variáveis que tocam de perto o preço do crédito, mais informações sobre os tomadores de crédito, com qualidade e quantidade e garantias para minimizar o risco das operações de crédito, vale dizer, garantias que tenham liquidez e baixo custo de recuperação", acrescenta. 

Em relação às concessões, o ano de 2023 deve apresentar volume 3,7% superior ao concedido no ano anterior. A concessão de crédito às empresas deve finalizar o ano com uma leve retração (-0,5%) e o crédito às famílias ainda registra uma alta importante, de 7,3%. "O modesto resultado geral das concessões reflete um ano marcado por algumas adversidades ao segmento, como o aumento da inadimplência, episódios de recuperação judicial de grandes empresas, incluindo infelizmente episódios de fraude, além da política monetária restritiva. O volume acumulado de novas concessões em 12 meses deve continuar em trajetória de desaceleração, mas, assim como no saldo, também sugerindo que tal processo está próximo do fim", avalia Rubens Sardenberg, diretor de economia da Febraban. 

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Sexta, 03 Mai 2024

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