Cada semana de isolamento gera perda de R$ 20 bilhões para setor produtivo

Segundo o Ministério da Economia, os custos são de tal magnitude que mesmo com uma recuperação rápida em "V", não seria capaz de impedir um crescimento negativo em 2020
Documento reitera que os custos envolvidos no isolamento devem ser muito maiores, uma vez que quanto mais tempo permanecer o regime de isolamento social maior será a perda de arrecadação das empresas

O impacto imediato diante das paralisações da produção e isolamento social devido à pandemia da Covid-19 devem gerar perdas de faturamento das empresas de R$ 20 bilhões, por semana. A conclusão é da Nota Informativa – Impactos Econômicos da Covid-19, divulgada pelo Ministério da Economia. O levantamento foi feito com base em informações para os 128 produtos da Tabela de Recursos e Usos do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Na nota, o ministério afirma que "considerando o cenário de retomada cíclica até o segundo trimestre de 2021, reduções estruturais no nível do PIB de longo prazo de 5%, em comparação com o cenário de nenhum impacto no longo prazo, reduzirão o PIB semanalmente em quase R$ 5 bilhões no segundo semestre e em R$ 7,5 bilhões em 2021. Esses valores tendem a ser muito piores caso consideremos um período de paralisação maior que até 31 de maio".

Além da perda imediata de R$ 20 bilhões por semana, o ministério reitera que os custos envolvidos no isolamento devem ser muito maiores que este, uma vez que quanto mais tempo permanecer o regime de isolamento social maior será a perda de arrecadação das empresas. E com isso, "maior o endividamento, promovendo um número crescente de falências e destruição de postos de trabalho".

"O mesmo efeito ocorre sobre o endividamento público, que tem gastos majorados e redução nas arrecadações. Assim, os canais de impacto da crise que afetam o médio e o longo prazo são amplificados por períodos maiores de isolamento social", relata a nota. "Os custos da crise e das paralisações são de tal magnitude que mesmo com uma recuperação rápida em "V", e sem nenhum custo de longo prazo, não seria capaz de impedir um crescimento negativo em 2020. Pior que isso será o provável deslocamento da trajetória de longo prazo, configurando um custo permanente em termos de produto, emprego e bem-estar social", acrescenta o ministério.

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Quarta, 23 Outubro 2024

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