Alimentos seguem pressionando a inflação
O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15), divulgado nesta quarta-feira (23) pelo IBGE, ficou em 0,45% em setembro, maior resultado para o mês desde 2012. No ano, a prévia da inflação acumulou alta de 1,35% e, em 12 meses, atingiu 2,65%. Os preços dos alimentos e bebidas pressionaram o indicador com a maior alta (1,48%) e o maior impacto (0,30 ponto percentual). A alta no setor foi puxada não só pelas carnes – cujos preços subiram 3,42% e tiveram o maior impacto entre os alimentos, de 0,09 ponto percentual –, mas também pelo tomate (22,53%), óleo de soja (20,33%), arroz (9,96%) e leite longa vida (5,59%).
Os transportes tiveram a segunda maior variação em setembro, de 0,83%, puxada pela gasolina, que subiu 3,19%, na terceira alta consecutiva, e que contribuiu com o maior impacto individual (0,15 p.p.) no IPCA-15. O óleo diesel (2,93%) e o etanol (1,98%) também apresentaram alta. Apenas o gás veicular registrou queda de 2,58%. Ainda em transportes, as passagens aéreas apresentaram alta de 6,11%, após quatro meses consecutivos de quedas.
Outro destaque em setembro vem do grupo saúde e cuidados pessoais, cuja queda de 0,69% deve-se ao item plano de saúde (-2,31%), em função da decisão da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) de suspender reajuste dos contratos de planos de saúde até o fim de 2020. Normalmente, o reajuste ocorre em julho e é retroativo a maio. Com a suspensão, todo o fator apropriado antecipadamente em maio, junho, julho e agosto, referente ao reajuste que seria anunciado em julho, foi descontado no IPCA-15 de setembro.
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