RS apresenta 13 regiões com alto risco epidemiológico
Na semana em que completa nove meses, o modelo de Distanciamento Controlado indica que a maioria das regiões está com alto risco para esgotamento da capacidade hospitalar e velocidade de propagação do vírus no mapa preliminar da 40ª rodada. Divulgada nesta sexta-feira (5), a classificação prévia traz 13 regiões em bandeira vermelha – duas a mais do que na rodada anterior. As outras oito regiões receberam bandeira laranja.
Entre os indicadores monitorados pelo sistema de enfrentamento à pandemia, chamam a atenção a redução no número de pacientes confirmados com coronavírus em leitos clínicos (-7%) e um leve aumento nos leitos de UTI (+3%). Contabilizando o pequeno aumento do total de leitos e também dos confirmados com Covid-19 em UTI, verifica-se estabilidade no número total de leitos de UTI ocupados em todo o Rio Grande do Sul. Na 40ª semana do Distanciamento Controlado, houve também redução nos registros de novas hospitalizações (-19%), de casos ativos (-17%) e de óbitos por Covid-19 (-15%). As regiões com maior número de novos registros de hospitalizações nos últimos 7 dias, por local de residência do paciente, são Porto Alegre (151), Caxias do Sul (127), Passo Fundo (66) e Canoas (51).
Embora os dados indiquem estabilização e a vacinação será ampliada com a expectativa de envio de novas doses ao Rio Grande do Sul neste final de semana, as cores do mapa preliminar alertam para a gravidade da situação no Rio Grande do Sul. Com a proximidade do Carnaval, o Gabinete de Crise chama a atenção para que os gaúchos sigam respeitando os protocolos, principalmente quanto à higienização constante, evitar aglomerações e uso obrigatório de máscara em todas as bandeiras.
Nesta semana, a salvaguarda atuou efetivamente nas regiões de Santa Maria, Capão da Canoa, Taquara, Novo Hamburgo, Canoas, Porto Alegre, Santo Ângelo, Cruz Alta, Ijuí, Santa Rosa, Palmeira das Missões, Passo Fundo e Santa Cruz do Sul, mantendo-as em bandeira vermelha. A regra vigente desde a 35ª rodada garante bandeiras de risco alto e altíssimo (vermelha e preta) quando a região tem elevada quantidade de novas hospitalizações de pacientes confirmados com Covid-19 (conforme a região de residência do paciente) e, ao mesmo tempo, está inserida em uma macrorregião com baixa capacidade hospitalar.
As associações regionais que desejarem enviar pedido de reconsideração ao mapa preliminar têm prazo de 36 horas para encaminhar a solicitação ao governo. O site do governo divulgará, na manhã de domingo, notícia sobre número de recursos recebidos. Os pedidos serão analisados pelo Gabinete de Crise, e o mapa definitivo, divulgado também no portal de notícias às 16h30 de segunda-feira (8). A vigência das novas bandeiras será de 9 a 15 de fevereiro.
Caso a classificação prévia seja mantida, as 12 regiões em bandeira vermelha que aderiram ao sistema de cogestão regional podem adotar os protocolos próprios compatíveis até o nível de restrição da bandeira laranja. Santa Maria, que não aderiu à cogestão, deve seguir os protocolos de bandeira vermelha determinados pelo Rio Grande do Sul. As seis regiões classificadas em laranja e participantes do sistema de cogestão podem utilizar protocolos de bandeira amarela, se estiverem previstos e atualizados nos seus planos regionais. Guaíba e Uruguaiana, que não aderiram, devem seguir os protocolos estaduais de bandeira laranja.
Regra 0-0
De acordo com o mapa preliminar da 40ª rodada, 308 municípios (do total de 497) estão classificados em bandeira vermelha, somando 7,4 milhões de habitantes, o que corresponde a 65,6% da população gaúcha (total de 11,3 milhões de habitantes). Desses, 126 municípios (487,6 mil habitantes, 5,2% da população gaúcha) podem adotar protocolos de bandeira laranja, porque cumprem os critérios da Regra 0-0, ou seja, não têm registro de óbito ou hospitalização de moradores nos últimos 14 dias, desde que a prefeitura crie um regulamento local.
Destaques da 40ª rodada
– O número de novos registros semanais de hospitalizações confirmadas com Covid reduziu 19% entre as duas últimas semanas (961 para 783);
– O número de internados em UTI por síndrome respiratória aguda grave (SRAG) aumentou 4% no Estado entre as duas últimas quintas-feiras (931 para 970);
– O número de internados em leitos clínicos com Covid no RS reduziu 7% entre as duas últimas quintas-feiras (973 para 902);
– O número de internados em leitos de UTI com Covid no RS aumentou 3% entre as duas últimas quintas-feiras (793 para 813);
– O número de leitos de UTI adulto livres para atender Covid no RS aumentou 1% entre as duas últimas quintas-feiras (de 687 para 697);
– O número de casos ativos reduziu 17% entre as últimas semanas consideradas (de 23.533 para 19.470);
– O número de registros de óbito por Covid reduziu 15% entre as duas últimas quintas-feiras (de 371 para 314).
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