Curitiba decreta lockdown até 21 de março
Frente ao agravamento da Covid-19 e à iminente falta de leitos na rede de saúde, a prefeitura de Curitiba anunciou a ampliação a partir da zero-hora deste sábado as restrições de atividades na capital. Prosseguem em funcionamento apenas atividades essenciais como supermercados, padarias e postos de gasolina, com horários restritos e cumprimento do Protocolo de Responsabilidade Sanitária e Social. A comercialização nessas atividades se limita a produtos de alimentação, bebidas, higiene e limpeza. Nenhum estabelecimento com autorização para funcionar poderá ter ocupação acima da metade de sua capacidade.
Os estabelecimentos também devem adequar o expediente dos funcionários aos horários de funcionamento estabelecidos. Sob bandeira vermelha no nível de alerta, estão vetadas atividades nos parques da cidade, bem como as aulas presenciais na rede privada de ensino (as aulas presenciais na rede municipal estão suspensas até o início de abril). A indústria também não funcionará na cidade. O transporte passa a funcionar com lotação máxima de 50%. O consumo de bebidas alcoólicas está proibido em espaços de uso público. A capital paranaense é a primeira cidade da região Sul a adotar um sistema de lockdown, assim como fizeram vários países europeus ao longo de um ano da pandemia.
O Decreto 565 entra em vigor à zero-hora de sábado (13) e tem vigência até o dia 21 de março (leia a íntegra no final desta reportagem). Nesta sexta-feira (12) Curitiba registrou o recorde de mortes anunciadas em um único dia: 34. A cidade tem 13.372 casos ativos de Covid e a taxa de ocupação de leitos de UTI chegou a 96%. "Precisamos reduzir urgentemente a movimentação em Curitiba", destacou o prefeito Rafael Greca em um vídeo postado nas redes sociais na noite desta sexta-feira.
"Abrimos 240 leitos em menos de 24 horas. Criamos ao longo da pandemia outros 1.031 leitos exclusivos para covid-19, que estão ativos. Fizemos todos os esforços, mas tudo isso ainda não foi suficiente." O prefeito reforçou que é preciso barrar a circulação do vírus, cuja nova cepa é mais transmissível, mais grave e leva para o hospital até mesmo as pessoas mais jovens, que por sua vez estão ficando mais tempo internadas. "Nossa rede de saúde não suporta mais a altíssima demanda", relatou. Neste momento, diz o prefeito, é necessária a compreensão e colaboração de todos os curitibanos e curitibanas. "É hora de ficar em casa e nos cuidarmos todos", declarou emocionado quase ao final da transmissão que durou pouco menos de sete minutos.
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