Economia deve ter queda de 2,7% este ano, estima Focus

A projeção de instituições financeiras para a retração daeconomia este ano piorou pela décima vez seguida. Desta vez, aestimativa para a queda do Produto Interno Bruto (PIB), soma de todos os bens eserviços produzidos no país, passou de 2,55% para 2,...
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A projeção de instituições financeiras para a retração daeconomia este ano piorou pela décima vez seguida. Desta vez, aestimativa para a queda do Produto Interno Bruto (PIB), soma de todos os bens eserviços produzidos no país, passou de 2,55% para 2,7%. Para 2016, aexpectativa de retração também foi alterada: de 0,6% para 0,8%, no sétimoajuste consecutivo. Essas estimativas são do boletim Focus, publicação semanalelaborada pelo Banco Central (BC), com base em projeções de instituições financeiraspara os principais indicadores da economia.

Na avaliação do mercado financeiro, a produção industrialdeve apresentar retração de 6,45%, este ano. Na semana passada, a projeção dequeda era 6,2%. Em 2016, o setor deve se recuperar, mas a projeção decrescimento está cada vez menor: passou de 0,5% para 0,2%, no quarto ajusteseguido.

O encolhimento da economia vem acompanhado de inflação acimada meta, este ano. A meta é 4,5%, com limite superior de 6,5%. A estimativa dasinstituições financeiras para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo(IPCA), este ano, foi ajustada de 9,28% para 9,34%. Para o próximo ano, aexpectativa é que a inflação fique abaixo do limite superior, mas aindadistante do centro da meta, em 5,7%, contra 5,64% previstos na semana passada.Esse foi o sétimo aumento seguido na projeção para inflação em 2016.

Para tentar trazer a inflação para a meta, o BC elevou ataxa básica de juros, a Selic, por sete vezes seguidas. Depois desse ciclo dealta, na reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), no início do mês, aSelic foi mantida em 14,25% ao ano. Para as instituições financeiras, a Selicdeve permanecer em 14,25% ao ano até o fim de 2015 e ser reduzida em 2016. Aprojeção mediana (desconsidera os extremos da estimativa) para o fim de 2016passou de 12% para 12,25% ao ano.

A taxa é usada nas negociações de títulos públicos noSistema Especial de Liquidação e Custódia (Selic) e serve como referência paraas demais taxas de juros da economia. Ao reajustá-la para cima, o BC contém oexcesso de demanda que pressiona os preços, porque os juros mais altosencarecem o crédito e estimulam a poupança. Quando reduz os juros básicos, oCopom barateia o crédito e incentiva a produção e o consumo, mas alivia ocontrole sobre a inflação. Ao manter a Selic, o BC indica que ajustesanteriores foram suficiente para produzir os efeitos esperados na economia. OBC costuma dizer que os efeitos de elevação da Selic se acumulam e levam tempopara aparecer.

 A pesquisa do BC também traz a projeção para a inflaçãomedida pelo Índice Geral de Preços – Disponibilidade Interna (IGP-DI), que foialterada de 7,77% para 8,25%, este ano. Para o Índice Geral de Preços - Mercado(IGP-M), a estimativa passou de 7,77% para 7,86%, em 2015. A estimativa para oÍndice de Preços ao Consumidor da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas(IPC-Fipe) foi alterada de 9,30% para 9,46%, este ano. A projeção para acotação do dólar, ao final este ano foi ajustada de R$ 3,70 para R$ 3,86. Parao fim de 2016, a projeção chegou a R$ 4, ante a estimativa anterior de R$ 3,80.

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Sexta, 29 Março 2024

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