Devo ou não mudar de emprego?
Há algum tempo, recebi um levantamento revelando que 80% dos profissionais brasileiros não se candidatam a vagas de emprego que gostariam ou que têm interesse. O motivo seria o medo de que a nova oportunidade seja pior que o emprego em que estão. Mesmo insatisfeito com sua atual colocação, o profissional tende a ficar na mesma posição.
Confesso que a pesquisa não me surpreendeu. Em três décadas trabalhando com recrutamento e seleção, posso afirmar que entrevistei mais de 25 mil profissionais e muitos estavam nessa condição. Poucos estiveram dispostos a mudar de emprego pela oportunidade de carreira. Havia o medo de se deparar com coisa pior? Sem dúvida. O fator preponderante desses profissionais era a sua questão financeira. Se a proposta ofertasse valor maior, o risco poderia ser melhor analisado. Quem muda de emprego nestas condições, recebe neste novo emprego um salário 15% ou 20% maior quando comparado ao atual.
Nessa situação, recomendo que monte um plano B paralelo a sua atividade atual. Faça-o de forma que ele cresça lentamente, mas de forma consistente. Com o passar do tempo, esse plano ganhará protagonismo. É possível proceder de duas formas: fazer uma busca no próprio mercado de trabalho por vagas mais atraentes ou buscar a independência.
Eu mesmo fiz isso. Trabalhei durante anos como empregado, estava feliz em minha posição, mas também acreditava que as características dentro da organização onde trabalha não permitiam o que realmente desejava. Comecei a fazer consultorias nas horas vagas. Fui aperfeiçoando os métodos e criando uma clientela até que chegou o momento de assumir o plano como sendo o principal. Saí da companhia e estou de que a sólida construção que havia feito meses antes era o melhor caminho. Não precisamos ficar presos a um local de trabalho por uma conveniência. É possível criar nossas próprias oportunidades, arriscando de maneira sábia, investindo nosso tempo e planejando o próprio passo.
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