Um casamento perfeito protagonizado pela Garibaldi
Vinho e gastronomia foram feitos um para o outro. Quem se apaixona por uma ou outra área acaba procurando se informar sobre aquela que tem menor conhecimento. A natural – e deliciosa – harmonia desses dois mundos é reverenciada no Gold Chef Brasil, concurso promovido pela vinícola Garibaldi em conjunto com a Escola de Gastronomia da UCS-ICIF, de Flores da Cunha (RS). Idealizado por Christian Lomando, personal chef e titular do blog Dica de Chef, a disputa gastronômica foi abraçada pela vinícola de Garibaldi (RS) e teve seu ápice neste final de semana com a premiação da vencedora (veja detalhes a seguir). O evento recebeu mais de 300 receitas de cozinheiros amadores de todo o Brasil. Após uma seleção, 10 finalistas – de cinco Estados – foram escolhidos para viajar com as despesas de transporte, hospedagem e alimentação pagas pela cooperativa. Eles tiveram de preparar sua receita ao vivo para um grupo de 30 jurados convidados.
As seletivas ocorreram entre os dias 8 de outubro e 17 de dezembro, nas dependências da vinícola, na serra gaúcha. No Facebook, o concurso atingiu a marca de 1,3 milhão de pessoas. Mas o sucesso também chegou às telas de TV, pois Douglas Holler, 25 anos, foi selecionado para participar do Masterchef, programa de culinária da Rede Bandeirantes. Em Garibaldi, o gaúcho de Ivoti preparou, no dia 5 de novembro, um lombo de porco recheado com mix de cogumelos, queijo gouda e erva-doce com molho de laranja, além de salada de alface e brotos, mesmo prato apresentado no reality show da Band. Coincidentemente, o Cepas & Cifras estava presente como jurado do concurso nessa etapa. “A participação dele no programa coroou o trabalho desenvolvido por nós no Gold Chef Brasil mostrando que, realmente, fomos muito rigorosos com a qualidade dos pratos apresentados”, orgulha-se Lomando. A segunda edição do Gold Chef Brasil deve ser lançada ainda no segundo semestre ou, talvez, em 2018, com algumas mudanças no regulamento. “Vinho e gastronomia é sempre um casamente perfeito – e não somente com vinho, mas comida e bebida em geral. O desafio maior desse concurso foi fazer a roda girar, mas acredito que ficou um aprendizado muito bom para nós”, avalia Maiquel Vignatti, gerente de marketing da vinícola Garibaldi.
A vencedora
Natural de Vitória (ES), Giselle Gozzi Da Rós (foto) não imaginava que viajaria mais de 1.800 quilômetros para participar de um concurso de culinária e cozinhar para um grupo seleto de apreciadores da boa gastronomia. Muitos menos que iria vencer outros nove concorrentes e levar para casa o prêmio do Gold Chef Brasil. Giselle recebeu o prêmio na sexta-feira (24), na Escola de Gastronomia da UCS-ICIF, em Flores da Cunha. A vencedora, de 42 anos, é analista de marketing e recebeu nota 8,7 dos jurados e chefs.
“Sempre tive paixão de cozinhar com a família e recebia elogios constantes. Era uma paixão adormecida até que apareceu essa oportunidade”, contou ao Cepas & Cifras. Giselle foi a sétima finalista e apresentou um filé de linguado envolto no parma com perfume de limão siciliano e manteiga de ervas com arroz e lâminas de amêndoas. “Escolhi esse prato, pois tenho predileção por carnes e frutos do mar e procuro sempre utilizar essas proteínas em minhas preparações. Tive a ideia quando estava na casa de praia e sempre tem peixe por lá – e espumante, claro”, descreveu lembrando que soube do concurso pelo Facebook. Descendente de italianos, Giselle adora vinhos. “Gosto do vinho tinto mais encorpado, mas aprecio muito os espumantes. O prato coincidentemente harmonizou com o espumante, mas combinaria com um vinho branco também”, sugere Giselle que também é sommelier. Aliás, a receita completa está no site do concurso.
Com a vitória, a capixaba irá aprofundar os estudos na gastronomia. A campeã da primeira edição do Gold Chef Brasil recebe um curso de Chef de Cozinha na Escola de Gastronomia da UCS-ICIF, em Flores da Cunha, além de um kit especial de produtos da vinícola Garibaldi, troféu de campeão e um kit Chef com utensílios para cozinha.
Muitas novidades na Garibaldi
A Garibaldi recebeu uma safra com um volume total próximo ao ano de 1982, quando a vinícola colheu 22,7 milhões de quilos. Até hoje, essa safra é considera histórica. Neste ano, o número foi um pouco menor (22 milhões de quilos) e foi considerada boa por Vignatti. “Teremos espumantes excelentes. Os vinhos tintos serão ligeiros e nem tanto para guarda. O suco de uva será um pouco menos encorpado, pois esse ano produziu mais e exigiu mais do solo. Porém, o suco ficará mais fácil de beber e estará mais refrescante”, projeta.
A vinícola também prevê o lançamento da VG, uma nova linha de espumantes premium. Ela terá corte de Pinot Noir com Chardonnay nas versões Brut, Extra Brut e Brut Rosé. A VG será uma linha intermediária entre a básica Garibaldi (que se chamará Garibaldi Vero, com rótulos abaixo de R$ 20) e a Acordes (a mais alta, com garrafas vendidas a partir de R$ 100). A nova linha terá espumantes a partir de R$ 45. Outro destaque é a volta ao mercado do prosecco fabricado pela Garibaldi. “Além desse retorno do prosecco, ofereceremos espumantes jovens, delicados e frescos e também espumantes longínquos, potentes e estruturados. Estaremos muito bem servidos de espumantes”, promete Vignatti.
Neste ano, a empresa também apresenta ao mercado brasileiro o novo vinho Chalet du Clermont Cabernet Sauvignon. O lançamento oficial ocorreu na convenção de vendas 2017, realizada em fevereiro. O novo rótulo tem origem em Canelones, no Uruguai, e conta com parceria da cooperativa Cava, com sede no país vizinho. O vinho, safra 2014, tem aromas finos e potentes que remetem a frutas vermelhas, como mirtilo e framboesa, com um delicado toque de especiarias. Denso e elegante, a bebida apresenta boa persistência e taninos aveludados, liberando para um final de boca leve e sedoso. O Chalet du Clermont harmoniza com carne vermelha e de caça, queijos duros, embutidos, massas e risotos com molhos estruturados. “Um vinho surpreendente, fruto de uma parceria de duas cooperativas que trabalham com os mesmos objetivos, agregar valor ao produto do cooperado, além de terem na essência a agricultura familiar”, destaca Oscar Ló, presidente da Garibaldi.
Atualmente, a Garibaldi possui 380 famílias associadas, de 12 municípios gaúchos, responsáveis pelo cultivo de 900 hectares de vinhedos. Neste ano a vinícola projeta faturar cerca de R$ 150 milhões, 25% a mais da receita alcançada em 2016.
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