Por Previdência, municípios podem ir à Justiça

Com a ameaça de exclusão de servidores estaduais e municipais da reforma da Previdência, prefeitos estão se organizando para manter os municípios dentro do projeto do governo. Caso isso não aconteça, eles ameaçam acionar o Supremo Tribunal Federal (S...
Por Previdência, municípios podem ir à Justiça

Com a ameaça de exclusão de servidores estaduais e municipais da reforma da Previdência, prefeitos estão se organizando para manter os municípios dentro do projeto do governo. Caso isso não aconteça, eles ameaçam acionar o Supremo Tribunal Federal (STF) para assegurar a inclusão. As informações foram publicadas pelo jornal O Estado de São Paulo. De acordo com a publicação, o argumento é que, pelo princípio de isonomia, os 2,1 mil municípios que têm regimes próprios de Previdência precisam seguir as mesmas regras de aposentadoria e pensão que os 3,4 mil municípios cujos funcionários são segurados do INSS e, por isso, ficarão dentro da reforma em qualquer cenário de aprovação da medida. São Paulo, por exemplo, é uma das cidades que têm regime próprio e, caso fique de fora do texto, seus servidores continuarão a seguir as regras já aprovadas pela Câmara Municipal (na foto, 21ª Marcha a Brasília em Defesa dos Municípios, organizada em maio do ano passado).

De acordo com a reportagem, o presidente da Confederação Nacional dos Municípios (CNM), Glademir Aroldi, avisou que, se o Congresso insistir em extrair os regimes próprios municipais do alcance do texto, a entidade vai acionar o STF. “Existe a possibilidade, sim. Esperamos que não aconteça, que os municípios não sejam excluídos. Mas, se isso acontecer, a gente vai buscar o caminho jurídico para tentar resolver”, afirmou. Os regimes próprios dos municípios tiveram superávit de R$ 1,4 bilhão em 2017, mas o número não faz jus à discrepância nas realidades de cada uma das prefeituras. Nas capitais, o rombo foi de R$ 7,3 bilhões no ano.

“O argumento dos prefeitos foi recebido como um caminho possível mesmo entre lideranças que resistem à aplicação automática das regras da reforma aos servidores estaduais. No entanto, ainda há dúvidas sobre a viabilidade política da alternativa, uma vez que ainda há muita resistência do Congresso em trazer para si o desgaste decorrente do endurecimento das regras de aposentadoria e pensão para servidores estaduais e regionais. No caso dos Estados, todos têm regimes próprios, o que garante um tratamento isonômico em caso de exclusão desses governos do texto. Mas o relator avalia a possibilidade de contemplar uma parcela dos Estados em maior dificuldade”, detalha o jornal. 

Segundo a matéria, uma alternativa em discussão entre técnicos, economistas e secretários estaduais de Fazenda é contemplar apenas Estados cujo déficit previdenciário é maior que o valor recebido em repasses do Fundo de Participação dos Estados (FPE) – o que caracterizaria um “alto déficit previdenciário”.

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Segunda, 25 Novembro 2024

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