PIB brasileiro cresceu 0,1% em 2014, aponta IBGE
A economia brasileira cresceu 0,1% em 2014, na comparação com o ano anterior. O Produto Interno Bruto (PIB), a soma de todos os bens e serviços produzidos no país, fechou o ano em R$ 5,52 trilhões, segundo dados divulgados nesta sexta-feira (27) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). No quarto trimestre, o PIB teve crescimento de 0,3% na comparação com o terceiro trimestre de 2014. Na comparação com o último trimestre de 2013, o PIB teve queda de 0,2%.
O crescimento de 0,1% em 2014 foi puxado pelos setores de serviços, que teve alta de 0,7% no ano, e de agropecuária, que avançou 0,4%. Com queda de 1,2%, a indústria impediu um crescimento maior do PIB no ano. Sob a ótica da demanda, houve um avanço de 0,9% no consumo das famílias e um crescimento de 1,3% no consumo do governo. A formação bruta de capital fixo, que representa os investimentos, caiu 4,4% no ano. As exportações caíram 1,1%, enquanto as importações tiveram queda de 1% no período.
As contas nacionais brasileiras de 2014 foram calculadas com base em nova metodologia internacional, após a inclusão das recomendações do Manual Internacional de Contas Nacionais (SNA 2008), da Comissão Europeia, do Fundo Monetário Internacional, da Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE), da Organização das Nações Unidas (ONU) e do Banco Mundial, que devem ser adotadas pelos países até 2016. Com a nova metodologia, o IBGE também revisou os crescimentos do PIB em 2012 e 2013. Em 2012, a taxa de crescimento passou de 1% para 1,8%. Em 2013, a taxa passou de 2,5% para 2,7%.
Tombini diz que resultado do PIB é “pausa no crescimento”
Para o presidente do Banco Central (BC), Alexandre Tombini, o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB, soma dos bens e serviços produzidos em um país) confirmou a pausa no crescimento econômico no ano. Em nota divulgada pelo BC, Tombini disse também que, apesar do resultado do PIB, a revisão das estatísticas pelo IBGE, graças a aprimoramentos metodológicos, revelou um quadro de maior expansão da atividade econômica desde 2012, com participação mais elevada do investimento na economia e melhores indicadores de solvência do país.
O presidente do Banco Central ressaltou que os ajustes macroeconômicos que estão sendo feitos "tendem a construir bases mais sólidas para a retomada da confiança e do crescimento econômico".
Apesar de fraco, o resultado do PIB ficou acima do previsto pelo Banco Central. Na quinta-feira, no Relatório Trimestral de Inflação, a autoridade monetária revisou para baixo a projeção de variação da atividade econômica em 2014. De crescimento de 0,2%, previsto em dezembro, a projeção passou para retração de 0,1%. Para 2015, o BC espera recuo de 0,5% do PIB.
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