Padilha acena com ajuda aos Estados

Ao lamentar o "fardo terrível" que está colocado sobre os ombros do governador do Rio Grande do Sul, José Ivo Sartori, e referir a situação de penúria enfrentada pelo Rio de Janeiro e Minas Gerais, o ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha (foto), sur...
Padilha acena com ajuda aos Estados

Ao lamentar o "fardo terrível" que está colocado sobre os ombros do governador do Rio Grande do Sul, José Ivo Sartori, e referir a situação de penúria enfrentada pelo Rio de Janeiro e Minas Gerais, o ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha (foto), surpreendeu a plateia de empresários reunida na sede da Fiergs, na noite de quinta-feira(17), para a cerimônia de premiação do ranking "500 Maiores do Sul", promovida por AMANHÃ e PwC. "Há 15 dias estamos trabalhando em medidas de socorro aos Estados. O pessoal da área econômica não gosta de nada que possa impactar minimamente o esforço de reequilíbrio das contas públicas, mas algumas ideias estão surgindo e em uma semana acho que teremos como definir os detalhes", deixou no ar.

Já na manhã de sexta-feira (18), Padilha explicou à Rádio Gaúcha que as fontes dos recursos para ajudar financeiramente os Estados são uma fatia da repatriação de recursos – o que reconhece ser insuficiente – e principalmente os R$ 100 bilhões que o BNDES deverá restituir ao Tesouro Nacional. A entrevista de Padilha foi prontamente divulgada pela Agência Brasil (leia aqui). 

No evento da Revista AMANHÃ e da PwC, Padilha comparou a medida ao esforço que a União fez em 1998 para renegociar a dívida dos Estados – embora ressalvando que se tratem de coisas diferentes. O ministro aproveitou o evento para ter uma reunião com o presidente da Fiergs, Heitor Müller, que na abertura do evento afirmou que a economia brasileira só chegou ao fundo do poço porque os erros sucessivos de governos ineficientes foram tolerados pela sociedade. "A sociedade se omitiu. E quem se omite, permite", disse Heitor Müller, com a concordância de Padilha.

Área econômica
O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, negou que o governo possa repassar aos Estados os R$ 100 bilhões que o BNDES devem devolver ao Tesouro Nacional. Questionado por jornalistas, Meirelles afirmou que esses recursos "não poderão ir para os Estados". A devolução dos recursos do BNDES ao governo federal foi uma das primeiras medidas do ajuste fiscal anunciado pelo então presidente interino Michel Temer, em maio deste ano. 

Segundo o titular do Ministério da Fazenda, essa hipótese chegou de fato a ser discutida com o presidente Michel Temer, mas não deverá ser levada adiante. "Conversamos sobre todas as hipóteses. Como houve perguntas de como essa operação poderia ajudar o ajuste fiscal, o país e os estados, coloquei com clareza que essa operação seria usada para amortizar a dívida, diminuir o custo financeiro do Tesouro e isso melhora o quadro geral. Foi colocado na mesa. Discutimos qual o efeito dessa operação. Estamos discutindo todas as possibilidades", declarou Meirelles.

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Quarta, 11 Dezembro 2024

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