Maioria dos brasileiros sente que inflação subiu muito

Situação econômica tem afetado principalmente o consumo de alimentos
Metade dos entrevistados acredita que a vida financeira só irá se recuperar após 2022

As consequências da inflação nesses quatro meses do conflito entre Ucrânia e Rússia chegaram aos lares brasileiros, com aumento generalizado de preços e, ainda, com pouca expectativa de mudanças na situação econômica da família e do país no curto prazo. A maioria dos entrevistados (93%) afirma que o preço dos produtos aumentou ou aumentou muito em relação ao início do ano. Da mesma forma, oito em cada dez entrevistados (78%) apontam que o consumo de alimentos e outros itens do abastecimento doméstico é o item que mais tem sido impactado pela inflação.

A recuperação econômica ainda está longe do horizonte dos brasileiros. Metade dos entrevistados (51%) acredita que a sua vida financeira e familiar só irá se recuperar após 2022 ou isso sequer acontecerá. Quando pensam na recuperação da economia do país, é mais elevado o contingente de pessimistas (77%). Alinhados com esse sentimento, 66% têm expectativa negativa também no que se refere ao crescimento do país. Esses dados foram revelados pela mais nova rodada da pesquisa Radar Febraban, realizada com 3 mil pessoas, entre os dias 21 de maio a 2 de junho, nas cinco regiões do país.

Considerando um horizonte mais favorável, em que haja disponibilidade de recursos extras no orçamento doméstico, as preferências dos entrevistados recaem na compra ou reforma de imóvel – 31% disseram que comprariam um imóvel e 16% que reformariam a casa – e por investimentos bancários – 20% aplicariam o dinheiro na poupança e 18% em outros investimentos bancários.

"A inflação é o inimigo número 1 do Brasil. É um fenômeno mais sério aqui porque, há 9 meses consecutivos, anualizada, vem ultrapassando a faixa dos dois dígitos. Além disso, está bastante disseminada e vem atingindo sobretudo as classes menos favorecidas. É mais sério também porque a inflação tem fatores estruturais, que estão entre nós, como o quadro fiscal débil que, vez por outra, volta a inspirar cuidados", afirma Isaac Sidney, presidente da Febraban, em nota.

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Sexta, 17 Mai 2024

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