Lira defende neutralidade na presidência e diálogo com parlamentares

Eleito presidente do Senado, Pacheco destacou saúde pública e crescimento econômico
“Precisamos urgentemente amparar os brasileiros que estão em caso de desespero econômico”, afirmou Lira em seu discurso de posse

O Ibovespa opera em alta nesta terça-feira (2) com os investidores esperançosos de que a vitória de Arthur Lira (PP-AL) nas eleições para a presidência da Câmara dos Deputados e de Rodrigo Pacheco (DEM-MG) para a presidência do Senado ajude a destravar a pauta liberal do Ministério da Economia. Em seu primeiro pronunciamento como presidente da Câmara dos Deputados, Lira afirmou que vai atuar com neutralidade. "Prometo respeitar as forças vivas desta Casa legislativa, os colegiados, a proporcionalidade. O Plenário deve ser a voz de todos e não de um. Não me confundo com essa cadeira e jamais irei me confundir", disse. Lira destacou que vai buscar diálogo com todos os parlamentares e com o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, para definir uma pauta emergencial a ser analisada com prioridade pelas duas casas. "Uma pauta emergencial com temas urgentes que exigem decisões imediatas. Quem vai dizer essa pauta? Não sou eu que vou dizer, seremos nós".

O novo presidente da Câmara declarou que a neutralidade está prevista na arquitetura do Plenário ao regimento interno. "O presidente deve dizer apenas o que a maioria desta Casa pensa e não o que ele pensa". Ao agradecer os mais de 300 votos recebidos, Lira discursou em pé para, segundo ele, honrar todos os parlamentares presentes. "Estou de pé, depois de eleito, ao lado desta cadeira do presidente ainda vazia, em homenagem a todos os presentes de todos os partidos".

Ele sublinhou que espera deixar a presidência da Câmara sendo o mesmo homem e retornar a um dos 513. "Chego aqui como um nordestino que nunca esqueceu as suas origens e tem compromisso de deixar um Brasil melhor do que encontrou, mais desenvolvido e mais humanizado". Lira pediu um minuto de silêncio em homenagem às vítimas de Covid-19 e afirmou que é preciso atravessar a pandemia com uma atuação harmônica dos poderes sem abrir mão da independência. "Precisamos urgentemente amparar os brasileiros que estão em caso de desespero econômico; analisar como fortalecer nossa rede de proteção social; vacinar, vacinar e vacinar a população; e buscar o equilíbrio das contas públicas".

Senado
Pacheco assumiu a presidência do Senado também na segunda-feira e prometeu trabalhar em prol da saúde pública, do crescimento econômico e do desenvolvimento social. Pacheco apontou como prioridades na pauta do Congresso Nacional, as reformas e as "proposições necessárias e imprescindíveis" para o desenvolvimento do país com geração de emprego e renda e ressaltou que o "Brasil tem pressa".

"A votação de reformas que dividem opiniões, como a reforma tributária e a reforma administrativa proposta pelo governo federal, deverão ser enfrentadas com urgência, mas sem atropelo. O ritmo dessas e de outras reformas importantes será sempre definido em conjunto com os líderes e com o Plenário desta Casa", afirmou.

O senador defendeu ainda a união das instituições em torno da "pacificação da sociedade brasileira" pelo diálogo, na busca do consenso e com "independência harmônica" entre os Poderes. O senador encerrou seu pronunciamento de posse reforçando a necessidade de estabilidade política, social e econômica no país, com segurança jurídica. E mais uma vez, prometeu protagonismo do Senado e do Congresso. "Não faltarão temas para deliberar, assim como não faltará disposição desta presidência para fazer face a todos esses compromissos assumidos que, reunidos, são um só compromisso: o de trabalhar incansavelmente pelo Brasil", concluiu.

Com Agências Câmara e Senado

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Quinta, 19 Setembro 2024

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