Em novo recorde, inadimplência cresce e atinge 65,5 milhões de brasileiros
O número de inadimplentes no país segue em crescimento e atingiu em novembro um novo recorde. Levantamento realizado pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) aponta que quatro em cada dez brasileiros adultos (40,43%) estavam negativados em novembro de 2022 – o equivalente a 65,5 milhões de pessoas, o maior número da série histórica do levantamento, realizado há oito anos. No último mês, o volume de consumidores com contas atrasadas cresceu 9,6% em relação ao mesmo período do ano anterior. Com base nos dados disponíveis em sua base, a CNDL e o SPC Brasil registram que a variação anual observada em novembro deste ano ficou abaixo da observada no mês anterior. Na passagem de outubro para novembro, o número de devedores cresceu 1,12% |
"O aumento no número de inadimplentes já era previsto diante da taxa de juros que continua alta no país. Por isso, o consumidor deve priorizar a negociação das dívidas nesse final de ano. O 13º é uma boa oportunidade para o consumidor entrar no próximo ano com as contas em dia", destaca o presidente da CNDL, José César da Costa. |
O crescimento do indicador anual se concentrou no aumento de inclusões de devedores com tempo de inadimplência de 91 dias a 1 ano (25,7%). O número de devedores com participação mais expressiva no Brasil em novembro está na faixa etária de 30 a 39 anos (23,8%), são 16,2 milhões de pessoas registradas em cadastro de devedores nesta faixa. Tal montante equivale a 47,4% do total desta deste grupo etário. A inadimplência segue bem distribuída entre os sexos: 50,9% de mulheres e 49,1% de homens. "Os dados de reincidência mostram que, nos últimos 12 meses, houve um crescimento de 33,29% no número de devedores reincidentes, que são aqueles que já tinham aparecido no cadastro de inadimplentes. Ou seja, mais gente está devendo e com dificuldade em manter o nome limpo. Por isso, o consumidor deve ficar atento, evitar as compras por impulso e priorizar o pagamento das contas atrasadas", alerta o presidente do SPC Brasil, Roque Pellizzaro Junior. |
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