Custo das repetências no país é de R$ 11 bilhões por ano
A Jornada Inovação e Competitividade, promovida pela Federação das Indústrias de Santa Catarina (Fiesc), nesta quinta-feira (28), em Florianópolis, colocou os temas do ensino e da inovação no centro de seus debates. A presidente do Instituto Ayrton S...
A Jornada Inovação e Competitividade, promovida pela Federação das Indústrias de Santa Catarina (Fiesc), nesta quinta-feira (28), em Florianópolis, colocou os temas do ensino e da inovação no centro de seus debates. A presidente do Instituto Ayrton Senna, Viviane Senna (foto), afirmou que sozinha a educação explica mais de 40% da desigualdade brasileira. “Precisamos desenvolver pessoas e o que desenvolve pessoas é a educação. É um passaporte que muda um país de enésimo mundo para o primeiro mundo. Precisamos fazer isso em larga escala”, declarou.
Ela apresentou dados que revelam que o sistema de educação básica do país (que vai do primeiro ano ao final do ensino médio) tem cerca de 50 milhões de alunos. “Quase 90% deles estão no ensino público. De cada 10 crianças que entram no primeiro ano, apenas cinco chegam ao final do ensino básico. Essa metade sobrevivente que chega ao final, não chega bem preparada. É como se tivéssemos um sistema que atende em larga escala, mas, como não tem qualidade, os alunos que saem preparados, de fato, são uma pequena parcela da população. Isso é muito grave”, alertou. Viviane informou que o custo das repetências no Brasil é de R$ 11 bilhões por ano. Além disso, cada brasileiro que sai despreparado da escola terá dificuldade de trabalhar e produzir e tem o custo social. “É grave ter um sistema de educação que produz em larga escala pessoas despreparadas”, concluiu.
O presidente da Fiesc, Glauco José Côrte, reforçou que a educação é fundamental para a melhoria da competitividade e para preparar as crianças, os jovens e os trabalhadores para as exigências do mundo do trabalho do século 21, com foco na sua formação plena. “Diante das perspectivas futuras, em que, segundo o Fórum Econômico Mundial de 2016, 65% das crianças de hoje vão trabalhar em empregos que ainda não existem e 30% dos empregos atuais não existiam há dez anos, as novas formas de produção e trabalho exigirão profissionais com características diferentes das atuais e, por conseguinte, exigirão um ensino de melhor qualidade”, afirmou, lembrando que é preciso de uma educação integral, temática deste ano do Movimento SC pela Educação.
Indústria 4.0
O diretor de políticas e estratégia da Confederação Nacional da Indústria (CNI), José Augusto Fernandes, observou que, com a Indústria 4.0, em nível mundial o conhecimento e a inovação serão os motores da economia. Outras tendências também são destaque. Entre elas, destacam-se as mudanças climáticas e a economia de baixo carbono, o menor crescimento do comércio internacional, além de rearranjos na geografia da produção, crescimento dos países emergentes, especialmente na Ásia. No caso do Brasil, as mudanças apontam para a emergência de um novo ciclo de reformas econômicas e institucionais, transição demográfica acelerada, pressão para ir além do mercado doméstico, reconfiguração espacial da atividade econômica e crescimento das cidades médias.
Ele também apresentou os principais pontos do Mapa Estratégico da Indústria 2018-2022, que mostra os desafios que o Brasil precisa enfrentar para superar a pior crise da história, a concorrência global e voltar a crescer de forma sustentada. A publicação foi elaborada pela CNI com a participação de líderes empresariais. É uma agenda para o Brasil, pois visa à construção, nos próximos quatro anos, de uma economia mais produtiva, inovadora e integrada ao mercado internacional. “Esses desafios são múltiplos e profundos. Temos problemas do século 20, que ainda não enfrentamos. E a agenda do século 21 é da educação, da inovação, da produtividade, que precisamos colocar no debate público no Brasil”, resumiu.
Ela apresentou dados que revelam que o sistema de educação básica do país (que vai do primeiro ano ao final do ensino médio) tem cerca de 50 milhões de alunos. “Quase 90% deles estão no ensino público. De cada 10 crianças que entram no primeiro ano, apenas cinco chegam ao final do ensino básico. Essa metade sobrevivente que chega ao final, não chega bem preparada. É como se tivéssemos um sistema que atende em larga escala, mas, como não tem qualidade, os alunos que saem preparados, de fato, são uma pequena parcela da população. Isso é muito grave”, alertou. Viviane informou que o custo das repetências no Brasil é de R$ 11 bilhões por ano. Além disso, cada brasileiro que sai despreparado da escola terá dificuldade de trabalhar e produzir e tem o custo social. “É grave ter um sistema de educação que produz em larga escala pessoas despreparadas”, concluiu.
O presidente da Fiesc, Glauco José Côrte, reforçou que a educação é fundamental para a melhoria da competitividade e para preparar as crianças, os jovens e os trabalhadores para as exigências do mundo do trabalho do século 21, com foco na sua formação plena. “Diante das perspectivas futuras, em que, segundo o Fórum Econômico Mundial de 2016, 65% das crianças de hoje vão trabalhar em empregos que ainda não existem e 30% dos empregos atuais não existiam há dez anos, as novas formas de produção e trabalho exigirão profissionais com características diferentes das atuais e, por conseguinte, exigirão um ensino de melhor qualidade”, afirmou, lembrando que é preciso de uma educação integral, temática deste ano do Movimento SC pela Educação.
Indústria 4.0
O diretor de políticas e estratégia da Confederação Nacional da Indústria (CNI), José Augusto Fernandes, observou que, com a Indústria 4.0, em nível mundial o conhecimento e a inovação serão os motores da economia. Outras tendências também são destaque. Entre elas, destacam-se as mudanças climáticas e a economia de baixo carbono, o menor crescimento do comércio internacional, além de rearranjos na geografia da produção, crescimento dos países emergentes, especialmente na Ásia. No caso do Brasil, as mudanças apontam para a emergência de um novo ciclo de reformas econômicas e institucionais, transição demográfica acelerada, pressão para ir além do mercado doméstico, reconfiguração espacial da atividade econômica e crescimento das cidades médias.
Ele também apresentou os principais pontos do Mapa Estratégico da Indústria 2018-2022, que mostra os desafios que o Brasil precisa enfrentar para superar a pior crise da história, a concorrência global e voltar a crescer de forma sustentada. A publicação foi elaborada pela CNI com a participação de líderes empresariais. É uma agenda para o Brasil, pois visa à construção, nos próximos quatro anos, de uma economia mais produtiva, inovadora e integrada ao mercado internacional. “Esses desafios são múltiplos e profundos. Temos problemas do século 20, que ainda não enfrentamos. E a agenda do século 21 é da educação, da inovação, da produtividade, que precisamos colocar no debate público no Brasil”, resumiu.
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