Reflexões sobre o efeito cascata
Você já deve ter notado que alguma marca criou um produto ou serviço revolucionário que foi inicialmente muito criticado pelo mercado. Mas que, depois de um certo tempo, a concorrência e o próprio público consumidor acabaram aderindo às tendências criadas por essa determinada marca. Chamamos isso de efeito cascata. Vamos pensar no caso dos serviços de streamings. A Netflix foi pioneira ao anunciar que iria colocar anúncios no seu catálogo. O primeiro reflexo diante desse movimento foi o mercado criticar a atitude. Depois de observar a repercussão desse anúncio, o que o mercado faz? Ele nota que essa decisão gera resultado positivo em termos financeiros e, logo em seguida, outras empresas do mesmo setor acabam copiando o modelo.
Depois de Netflix e Disney+, a Amazon acabou de anunciar que vai inserir anúncios a partir do ano que vem no Prime Video, seu streaming de filmes e séries. Então, a partir de 2024, além da assinatura tradicional, os usuários da plataforma terão de pagar uma taxa caso não queiram ver os anúncios enquanto assistem. O que esses exemplos nos mostram? Existe um grande movimento no mercado atualmente que é o efeito cascata. Ele acontece seguindo a lógica da curva da difusão da inovação, na qual uma marca é visionária, lança ou modifica determinado produto ou serviço e, depois de um tempo de aceitação e aderência, outras marcas seguem o mesmo fluxo.
O efeito cascata acontece no mercado devido à complexa teia de interações e influências que caracterizam a economia. Isso nos ensina que os grandes inovadores, que costumam estar à frente de seu tempo, aderem e criam tendências enquanto grande parte do mercado critica e observa de longe a repercussão das novas criações.
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