Renda Fixa segue como melhor investimento no semestre
O primeiro semestre deste ano foi marcado por um ambiente macroeconômico conturbado. Em meio a uma forte crise política no governo federal, o país enfrentou diversos escândalos de corrupção e perdeu muita credibilidade perante os investidores, além de contar com uma inflação persistentemente acima do teto da meta. Com tudo isso, o dólar e os juros dispararam. A moeda norte-americana subiu quase 17% no período e a Selic bateu a marca de 13,75%. Nesse cenário, o que o investidor pode esperar para o segundo semestre? O InfoMoney conversou com especialistas que listaram os melhores caminhos.
Renda fixa
A renda fixa continua sendo a bola da vez, de acordo com os analistas. A expectativa é de que os juros continuem a subir neste semestre por, no mínimo, mais uma reunião do Comitê de Política Monetária (Copom). De acordo com o planejador financeiro Marcelo Valença, no começo do semestre, a melhor aposta seria em títulos pós-fixados, como o Tesouro Selic, por exemplo. Já João Pedro Brugger, da Leme Investimentos, elogia o título Tesouro IPCA+, que está com uma rentabilidade real bem alta também, na casa dos 6%. “A inflação ainda deve seguir elevada nesse semestre, mesmo com uma política mais firme do Banco Central. Além disso, uma alta do dólar também pode puxar o índice de preços para cima”, alerta Brugger.
Para quem quer se arriscar e tem um horizonte de médio prazo, Valença sugere o investimento em títulos prefixados na segunda metade do semestre. “Quem conseguir travar a taxa do título lá em cima terá ganhos excepcionais nos próximos anos”, relata Valença. No entanto, essa estratégia só é indicada para investidores que tenham maior apetite a risco, uma vez que pode ocorrer prejuízo. Caso o investidor não tenha conhecimento do mercado financeiro e queira se arriscar na renda fixa, o ideal é buscar uma assessoria de investimentos profissional que possa ajudá-lo a investir melhor.
Ações
O mercado de ações não é a melhor opção de investimento no Brasil. No entanto, quem quiser investir na bolsa deve apostar em empresas mais defensivas, que podem ajudar o investidor a seguir bem no mercado mesmo com um cenário macroeconômico mais adverso que tende a persistir. Outra boa escolha são os papéis de empresas exportadoras ou que se beneficiem de alguma forma do patamar mais valorizado do dólar em relação ao real.
Outro conselho de Valença para quem queira diversificar seu risco é o investimento internacional, que está ficando mais acessível para investidores com uma quantia maior de dinheiro. “Existem opções para aplicar em dólar, em títulos de países emergentes e no mercado europeu, por exemplo”, afirma o planejador financeiro.
O principal benefício do investimento no exterior é a diversificação dos investimentos. “Mesmo que a rentabilidade agora não seja tão grande quanto no Brasil, que conta com taxas de juros altíssimas, é possível ganhar mais no longo prazo”, sugere Valença.
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