Poupança tem saque recorde para fevereiro

Em 2022, caderneta registrou retirada líquida de R$ 103,2 bilhões
Em janeiro, o resultado negativo ficou em R$ 33,6 bilhões, o maior para todos os meses da série histórica


A aplicação financeira mais tradicional dos brasileiros, a poupança, registrou o segundo mês seguido de mais saques do que depósitos. Em fevereiro, a retirada líquida ficou em R$ 11,5 bilhões, a maior da série histórica do Banco Central (BC), iniciada em 1995, para o mês. Em janeiro, o resultado negativo ficou em R$ 33,6 bilhões, o maior para todos os meses da série histórica. O recorde anterior foi registrado em agosto do ano passado, quando os correntistas sacaram R$ 22 bilhões a mais do que depositaram. Em 2022, a caderneta registrou fuga líquida (mais saques que depósitos) recorde de R$ 103,2 bilhões, em um cenário de inflação e endividamento altos.

Até recentemente, a poupança rendia 70% da Taxa Selic (juros básicos da economia). Desde dezembro do ano passado, a aplicação passou a render o equivalente à taxa referencial (TR) mais 6,17% ao ano, porque a Selic voltou a ficar acima de 8,5% ao ano. Atualmente, os juros básicos estão em 13,75% ao ano, o que fez a aplicação financeira deixar de perder para a inflação pela primeira vez desde meados de 2020. Em fevereiro, os rendimentos creditados somaram R$ 6,9 bilhões. O saldo de todos os valores depositados nas poupanças ficou em R$ 968 bilhões.

Com Agencia Brasil

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Terça, 08 Outubro 2024

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