Pedido de impeachment aceito. E agora, onde investir?

No fim da tarde da última quarta-feira (2), o presidente da Câmara dos Deputados Eduardo Cunha acatou pedido de impeachment contra a presidente Dilma Rousseff. Esse passo é mais um desdobramento em um ano de muita tensão política em Brasília, com tro...
Dólares

No fim da tarde da última quarta-feira (2), o presidente da Câmara dos Deputados Eduardo Cunha acatou pedido de impeachment contra a presidente Dilma Rousseff. Esse passo é mais um desdobramento em um ano de muita tensão política em Brasília, com trocas de ataques entre a liderança legislativa e executiva. No entanto, como isso pode afetar seus investimentos agora?

Para o mercado de renda fixa, a assessora de investimentos da Praisce Capital Licelys Marques, acredita que o investidor deve esperar. “O mercado está muito volátil nesse momento, é melhor ver esse movimento com calma antes de tomar decisões. Indico deixar o dinheiro atrelado ao CDI (Certificado de Depósito Interbancário), ou Selic, e aguardar os acontecimentos”, relata.

Caso a presidente venha, de fato, a cair, Licelys acredita em um movimento mais forte de queda nas taxas oferecidas pela renda fixa. “O Tesouro Direto já esteve mais alto, a tendência agora é que a curva continue fechando, quem fez boas aplicações prefixadas terá um ganho significativo agora”, atesta. No entanto, para os próximos dias, é esperada bastante volatilidade nas taxas prefixadas, de acordo com a assessora.

Já o mercado de ações deve subir com esse movimento, mas um gestor de uma instituição carioca que não quis se identificar afirma que o processo não está definido ainda. Para ele, ele vai ser um momento “complicado, longo e doloroso” e “não justifica uma euforia no curto prazo”.

Contudo, ele acredita que, sim, caso a presidente venha a cair, o mercado tende a ter um desempenho melhor. Em relação às estatais na bolsa, o gestor afirma que uma mudança no governo pode trazer um “voto de confiança” a elas. No entanto, a Petrobras, por exemplo, passa por uma série de outros problemas estruturais, na visão do gestor.

“A Petrobras é uma companhia bastante endividada, que precisa cortar gastos e vender ativos. Independente de qualquer coisa, a situação ficou muito complicada. Eu não compraria de jeito nenhum”, crava.


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Quinta, 25 Abril 2024

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