SC se torna o quarto maior produtor de leite do país
Santa Catarina supera Goiás e se torna o quarto maior produtor de leite do país. O Estado vai na contramão do Brasil e segue sua trajetória de crescimento, chegando a 3,1 bilhões de litros de leite produzidos em 2016. Os números foram divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Com crescimento de 1,76% de 2015 para 2016, a produção leiteira de Santa Catarina só fica atrás da de Minas Gerais, do Rio Grande do Sul e do Paraná – os maiores produtores nacionais. Até 2015, a quarta posição nesse ranking era ocupada por Goiás, porém, no último ano, o Estado diminui em 13,8% a produção e foi superado por Santa Catarina.
A grande bacia leiteira catarinense é a região Oeste, que responde por 76% de todo leite produzido – quase 2,4 bilhões de litros. O secretário da Agricultura e da Pesca, Moacir Sopelsa, destaca que em Santa Catarina a produção de leite está concentrada nas pequenas propriedades de agricultores familiares e que representa uma importante fonte de renda no meio rural. “O setor leiteiro é um grande destaque de Santa Catarina e vem passando por grandes transformações, com o investimento em pastagens, tecnologias e genética. Ainda temos muitos desafios pela frente, precisamos tornar nosso leite competitivo para exportação”, ressalta.
A produção de leite vem numa crescente em Santa Catarina. Há dez anos, o Estado produzia 1,7 bilhão de litros. Em 2016, foram 3,1 bilhões de litros – um crescimento de 82%. No mesmo período, a produção brasileira aumentou em 32%. No último ano, o Brasil produziu 33,6 bilhões de litros de leite, sendo que 37% desse total vêm da região Sul. Com cerca de 300 mil produtores, Paraná, Rio Grande do Sul e Santa Catarina, juntos, produziram 12,4 bilhões de litros de leite e se consolidam como a maior bacia leiteira do país.
Queda nos preços
Esse incremento na produção, combinado ao aumento nas importações de leite e queda nas exportações para países como a Venezuela, acabou gerando uma crise na cadeia leiteira, com preços no atacado e pagos ao produtor bastante baixos para esta época do ano. “A atual crise no preço é um exemplo da importância que devemos dar para preparação do setor para competir no mercado global. Só assim vamos conseguir evitar a importação e vender nosso leite para os consumidores do mundo todo”, afirma o secretário adjunto Airton Spies.
Outra importante variável nesse cenário é a retração no consumo. A queda na renda de muitas famílias brasileiras fez com que produtos com maior valor agregado, como iogurtes e queijos, deixassem de ser uma opção na hora da compra. Menos consumo resultou em menos renda para produtores.
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