IBGE: safra de grãos pode ser 8,4% menor que a de 2015

As projeções mensais que o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) faz para a safra brasileira de grãos deste ano continuam em queda e indicam que 2016 pode fechar com uma safra 8,4% menor do que a do ano passado, que foi de 209,4 milh...
IBGE: safra de grãos pode ser 8,4% menor que a de 2015

As projeções mensais que o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) faz para a safra brasileira de grãos deste ano continuam em queda e indicam que 2016 pode fechar com uma safra 8,4% menor do que a do ano passado, que foi de 209,4 milhões de toneladas. Os dados do Levantamento Sistemático da Produção Agrícola (LSPA), relativos a junho, apontam para uma produção total de 191,8 milhões de toneladas. Se o resultado for confirmado, representaria 17,6 milhões de toneladas a menos que a safra recorde de 2015.

Nas projeções do LSPA de maio, que já apontavam para uma safra menor este ano, a queda prevista era de 2,1%, o equivalente a 4 milhões de toneladas a menos este ano. Os números da safra 2016, nas projeções de junho, indicam uma estimativa da área a ser colhida de 57,5 milhões de hectares, um recuo de 0,1% frente a 2015 (57,6 milhões de hectares).

Arroz, milho e soja são os três principais produtos da safra nacional de grãos e, somados, representaram 92,4% da estimativa da produção e 87,4% da área a ser colhida este ano. Em relação a 2015, houve crescimento de 2,8% nas projeções da área plantada de soja e redução de 1,2% na do milho e de 9,4% na de arroz. Os dados de junho indicam que a produção será negativa para os três produtos. A de milho, por exemplo, deverá fechar em queda de 18% em relação ao ano passado; a de arroz será menor em 12,2% e a da soja cairá 0,6%.

Com a colheita da soja praticamente encerrada, a estimativa da produção para a totalidade do país em junho é de 96,6 milhões de toneladas, queda de 0,3% frente a maio. A maior variação do mês ficou com o Paraná que, inclusive, informou a estimativa da produção da safrinha, 317,9 mil toneladas, abaixo da dimensionada anteriormente. Com isso, a produção do Estado em 2016 alcança 17 milhões de toneladas – retração de 0,8% frente a maio. Já o Distrito Federal deve colher 208,6 mil toneladas nesta safra, com aumentos esperados na área plantada (89,8%) e na produção (82,9%).

Regiões 
Regionalmente, os dados da produção de cereais, leguminosas e oleaginosas não apresentaram alterações significativas. O Centro-Oeste contínua com a maior produção percentual de cereais, leguminosas e oleaginosas (41,6% do total), o equivalente a 79,9 milhões de toneladas; o Sul com 38,7% e 74,2 milhões de toneladas; o Sudeste com 10,3%, 19,7 milhões de toneladas; e o Nordeste com 6,1%, 11,7 milhões de toneladas.

Em relação à safra de 2015, houve crescimento de expectativa para a produção do Sudeste (+1,9%) e quedas nas projeções de produção para as regiões Norte (-17,8%), Nordeste (-29,2%), Centro-Oeste (-11,1%) e Sul (-2,2%). Por Estado, nessa avaliação para 2016, Mato Grosso foi o maior produtor nacional de grãos, com participação de 24,9% do total, seguido pelo Paraná (18,9%) e Rio Grande do Sul (16,5%). Somados, os três estados representaram 60,3% do total nacional previsto para este ano.

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Quinta, 21 Novembro 2024

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