Como combater desvios dentro das empresas
Lemos todos os dias sobre crises e roubos nas empresas. E quando isso acontece dentro da sua própria organização? Como se prevenir e qual a atitude dos responsáveis pela gestão da empresa? Parece consenso que só se considera algo punitivo se que foi furtado tiver alto valor. No entanto, é preciso destacar que a ética é reflexo de pequenos atos do dia a dia. Já dizia a meus filhos desde pequenos, que não importa o valor do que foi furtado, mas o ato em si que pode nos dar a falsa sensação de que não há punição. E com isso vamos perdendo o limite do que nos pertence.
Fator humano
Observamos que precisamos conhecer e saber lidar com as pessoas, pois desvios são consequências do fator humano. Se formos observar com olhar mais atento, identificamos dois fatores básicos: o deslize ou o lapso, com diferenças sutis entre eles.
A ação intencional destaca o deslize e requer do gestor uma atitude severa e rápida. Já o lapso vem de erros de desconhecimento dos fatos e das regras – o que requer do gestor melhorar sua comunicação com os funcionários e criar ou informar regras para a empresa. Os roubos vão desde produtos ou mesmo vazamentos de informações (como cópias de documentos pessoais, equipamentos, desvios de verbas etc).
Desvios silenciosos
Muitos problemas são percebidos somente com o tempo, pois demoram para aparecer. São os roubos camuflados em contratos mal elaborados, intencionalmente ou não. Talvez esses sejam os roubos mais perigosos, pois quando aparecem muitas vezes são irreversíveis. Construções com estruturas frágeis, equipamentos que deterioram, isso corrompe a estrutura da empresa e ninguém percebe a curto prazo.
Vazamentos de informações podem comprometer lançamentos de serviços ou de produtos. Como evitar? É possível restringir a entrada dos colaboradores nas áreas de produção e criação, por exemplo. Outro cuidado que muitas vezes as empresas desconsideram é ter regras claras para os funcionários já desligados. Esses não poderiam, por exemplo, circular na empresa como se ainda fizessem parte dela. Muitas vezes eles já estão empregados em companhias concorrentes e podem levar informações.
O que recomendo, então, é que as empresas devem ter regras de conduta para que seus colaboradores saibam como devem se comportar. Mas, além das regras, aconselho contratar auditorias especializadas para detectar qualquer vulnerabilidade e oferecer consultoria para criar sistemas de controles.
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