Calçadistas se reinventam no combate ao coronavírus
Empresas calçadistas estão engajadas em ajudar as autoridades e a sociedade a superarem o momento difícil causado pelo novo coronavírus. Com ações que vão desde doações a hospitais e profissionais da saúde até a produção de conteúdo para desenvolver e entreter pessoas durante o isolamento, elas promovem uma grande onda de solidariedade.
A Associação Brasileira das Indústrias de Calçados (Abicalçados), além de instigar as empresas a essas práticas, se orgulha das iniciativas de suas associadas. "Nosso setor está trabalhando para contribuir na prevenção da Covid-19, o que é extremamente importante para o País. Além disso, nossa Indústria está focada em diminuir os impactos da crise sobre a economia e na vida dos brasileiros", afirma Haroldo Ferreira, presidente-executivo da entidade. Algumas indústrias têm se reinventado para contribuir no atendimento de pessoas diagnosticadas com a Covid-19. É o caso do Grupo Dass, de Ivoti (RS), que decidiu fabricar 35 mil máscaras e 450 jalecos, que serão doados a hospitais e postos de saúde.
A Klin, fabricante de calçados infantis de Birigui (SP), antes de suspender as atividades em suas quatro unidades fabris como medida de prevenção à transmissão do coronavírus, confeccionou 4 mil máscaras. Os itens foram entregues para os colaboradores e seus familiares e para instituições que atendem idosos, que são grupo de risco da doença. E mesmo empresas que não conseguem produzir os acessórios de segurança estão buscando maneiras de ajudar. A marca Renata Mello, com sede em São João Batista (SC), por exemplo, doou 1.500 metros de sarja e 200 metros de cordão para confecção de máscaras na Bahia, onde tem fábrica.
A Arezzo&Co, de Campo Bom (RS), também entrou na corrente e mobilizou fornecedores de tecidos, fábricas e a secretaria da saúde do Rio Grande do Sul para produzir 25 mil máscaras de proteção. A orientação técnica para a produção dos itens foi feita por responsáveis da secretaria de saúde de Campo Bom e os tecidos doados por fornecedores da região. Mais de 12 fábricas cederam seus maquinários para que um grupo de voluntários produzisse o primeiro lote e um fornecedor de embalagens assumiu a organização em pacotes de 100 unidades.
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