XP avalia de forma positiva oferta de ações do Banrisul
No seu boletim matinal desta quinta-feira (5), a corretora paulista XP se pronunciou favoravelmente à oferta secundária de ações do Banco do Estado do Rio Grande do Sul (veja mais detalhes aqui). “A intenção do Governo do RS (que não pretende vender o controle) ocorre em meio a uma grave crise financeira do Estado e alta necessidade de caixa. No entanto, mesmo após o anúncio, reiteramos nossa visão construtiva sobre o ativo. Embora a oferta secundária deva postergar a possibilidade de privatização do Banrisul, a visão positiva sobre os fundamentos permanece”, diz o texto da equipe de analistas da XP. Segundo a corretora, a oferta secundária anunciada ontem pelo governo gaúcho – que detém 57% do capital total do banco, incluindo a quase totalidade das ações com direito a voto – poderia, potencialmente, atingir valor próximo de 30% do valor de mercado do Banrisul.
A XP, como outros agentes do mercado, ficaria mais animada com a privatização do banco, hipótese que de imediato o Palácio Piratini descarta. Mesmo assim, destaca um aspecto positivo, para os investidores, na oferta secundária de ações do Banrisul. “Ainda acreditamos que há uma assimetria positiva para bancos públicos, que devem entregar retornos superiores, mas ainda negociam a desconto acima do justo em relação a bancos privados.” Mesmo com a queda do valor das ações (10,1% até o momento de emissão da análise), a equipe da corretora fez um paralelo para demonstrar que a aquisição pode ser um negócio interessante. “Após a queda de hoje, as ações BRSR6 negociam a 0,92 vezes o Patrimônio de 2017” – indicador que no mercado de ações é conhecido por P/VPA, e que indica o quanto um papel está abaixo ou acima do valor patrimonial. Por este mesmo critério, o P/VPA, os três principais bancos privados (Itaú, Bradesco e Santander) negociam seus papéis a um preço que, em média, corresponde ao dobro (2,02 vezes) o valor patrimonial.
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