Vinhos finos alcançam melhor venda do ano em julho

Adoção de hábitos mais caseiros em razão da pandemia e alta do dólar ampliam competitividade do produto
Muitos fatores vêm influenciando este aumento nas vendas, puxado pelos supermercados, uma vez que são os rótulos de entrada que registram o maior incremento

O mercado interno está abastecido com vinhos finos brasileiros. Assim como nos meses anteriores, julho mereceu destaque. O mês passado foi responsável por 26,1% de todo vinho fino vendido este ano que chegou a 14,6 milhões de litros. É o melhor desempenho de 2020 na categoria, segundo dados oficiais da União Brasileira de Vitivinicultura (Uvibra).

Muitos fatores vêm influenciando este aumento nas vendas, puxado pelos supermercados, uma vez que são os rótulos de entrada que registram o maior incremento. Vantagens diante das variações do câmbio, maior acessibilidade e distribuição, qualidade e bom preço, a chegada do inverno, além dos novos hábitos gerados em função da pandemia da Covid-19 que tem levado as pessoas a consumirem mais vinho em casa.

"No mercado global de vinhos, as vendas acabaram ficando mais concentradas nos supermercados e mercearias. O motivo para isso é claro e simples. Os restaurantes ficaram fechados. Para os produtores nacionais isso representa, claro, prejuízos em alguns segmentos, como o enoturismo e a gastronomia, mas forte crescimento onde estão os maiores volumes: os supermercados", analisa Deunir Luis Argenta, presidente da Uvibra.

"O bom de tudo isso é que os brasileiros estão consumindo mais vinho. No entanto, ainda é cedo para comemorar", avalia Argenta, da Uvibra

Nos meses de junho a agosto as vinícolas registram as melhores vendas do produto. Isso porque o inverno é um grande aliado do consumo da bebida no país. Mas não foram só os vinhos finos que tiveram o melhor desempenho do ano no período. Os espumantes brut, que até junho tiveram queda de 26,1% em relação ao mesmo período do ano passado, começam uma virada fechando julho com um aumento de 13% em relação a junho.

Mesmo com a evolução nas vendas dos vinhos finos brasileiros, os importados ainda têm 82% do mercado nacional. "Estamos evoluindo, assim como os importados. O bom de tudo isso é que os brasileiros estão consumindo mais vinho. No entanto, ainda é cedo para comemorar. Nossa expectativa é que os consumidores sigam fazendo novas descobertas e com a abertura do turismo e dos restaurantes possamos avançar mais, apostando nesses canais como aliados na promoção do nosso vinho", conclui Argenta.

Veja mais notícias sobre BrasilNegócios do SulEconomia.

Veja também:

 

Comentários:

Nenhum comentário feito ainda. Seja o primeiro a enviar um comentário
Visitante
Quinta, 12 Dezembro 2024

Ao aceitar, você acessará um serviço fornecido por terceiros externos a https://amanha.com.br/