Renault: um coração francês bate forte no Paraná

O case a seguir faz parte do livro “Paraná – Grandes Marcas”, publicado pelo Instituto AMANHÃ. O Paraná é o coração da Renault no Brasil e passa a ser também na América Latina”, destacou Olivier Murguet, presidente da marca francesa na América Latina...

O case a seguir faz parte do livro “Paraná – Grandes Marcas”, publicado pelo Instituto AMANHÃ.

O Paraná é o coração da Renault no Brasil e passa a ser também na América Latina”, destacou Olivier Murguet, presidente da marca francesa na América Latina, em agosto de 2017, ao anunciar um novo investimento no estado. A frase resume com precisão o apreço da fabricante de automóveis pelos paranaenses, região escolhida há 20 anos como local para fincar raízes no Brasil. A montadora estava desenhando seu plano de internacionalização em 1994, e o país acabou sendo incluído no projeto. Com a inflação controlada pelo Plano Real, o grupo francês – dirigido pelo engenheiro Louis Schweitzer – optou por construir seu complexo industrial no Sul do Brasil. O Paraná ganhou a disputa, pois detinha as melhores condições de logística e abastecimento. A sede principal, chamada Complexo Ayrton Senna (CAS), em homenagem ao lendário piloto brasileiro, que conquistou sua primeira vitória na Fórmula 1 com o motor Renault, está localizada em São José dos Pinhais. A unidade comporta quatro fábricas: Curitiba Veículos de Passeio (CVP), Curitiba Veículos Utilitários (CVU), Curitiba Motores (CMO) e Curitiba Injeção de Alumínio (CIA). Atualmente, a companhia tem cerca de 7,3 mil funcionários e possui capacidade para produzir 380 mil veículos por ano.

A CVP, responsável pela produção dos veículos de passeio, produz os modelos Kwid, Logan, Sandero, incluindo também os modelos Stepway e R.S 2.0, Captur, Duster e Oroch. O Kwid, aliás, é um sucesso comprovado desde sua campanha de pré-venda, quando a Renault recebeu um total de reservas quatro vezes maior que o esperado. E o resultado é fruto de uma estratégia comercial consistente e inovadora, além dos fortes atributos do veículo, como características SUV, espaço interno, maior porta-malas da categoria, economia de combustível e segurança, com quatro airbags de série.

Na CVU, é produzido o Renault Master, pelo quarto ano consecutivo líder do segmento dos furgões, com capacidade de carga de até 3,5 toneladas de peso bruto total. Já a produção dos motores 1.0 e 1.6 SCe ocorre na CMO, que possui capacidade para entregar anualmente 600 mil unidades. Inaugurada em 2001, a fábrica de motores já produziu aproximadamente 3,8 milhões de propulsores, com cerca de 40% destinados à exportação. O complexo paranaense também comporta o RTA – Renault Tecnologia Américas –, centro de tecnologia voltado para o desenvolvimento de produtos que atendam às necessidades e ao perfil do consumidor latino-americano, que atualmente comporta cerca de mil engenheiros. Outro centro que compõe a estrutura da Renault do Brasil e que antes estava localizado em São Paulo, o Armazém de Peças Renault iniciou suas atividades em Quatro Barras, na região Metropolitana de Curitiba, em 2016. Com 60 mil m², o armazém distribui peças e acessórios para todo o Brasil e ainda cuida da exportação para outros 17 países. 

Uma nova fábrica

A fábrica mais recente do complexo, a Curitiba Injeção de Alumínio (CIA), contou com um investimento total de R$ 750 milhões – valores também utilizados na ampliação da CMO – e com o envolvimento de quase 2 mil pessoas da Aliança Renault-Nissan de 11 países, na construção de uma fábrica altamente tecnológica, com processos de produção modernos. Com a nova fábrica, a empresa também aumentou o índice de nacionalização de componentes.

A competitividade na operação no Paraná, a qualidade da mão de obra e do relacionamento profissional com o governo contribuíram para a decisão de ampliar investimentos no estado. “Os nossos investimentos reforçam nossa aposta no país”, destaca Luiz Pedrucci, que assumiu o cargo de presidente da Renault do Brasil em 2017. 

Em 2017, a Renault do Brasil manteve a trajetória de crescimento que segue de forma contínua no país, desde 2010, alcançando novo recorde de participação de mercado: 7,7%. No total, a empresa emplacou 167,1 mil veículos, contra 149,9 mil unidades emplacadas em 2016, um crescimento de 11,4%. Além do crescimento no mercado interno, a Renault atingiu em 2017 um recorde histórico em suas exportações, com 98 mil veículos de passeio e comerciais leves exportados. O número representa um crescimento de quase 38% em relação às 71,3 mil unidades exportadas em 2016.

Exercício da cidadania

O Instituto Renault é responsável pelas ações socioambientais da Renault e atua em dois eixos: Mobilidade Sustentável, com destaque para o programa O Trânsito e Eu; e Inclusão, por meio do qual são desenvolvidas ações voltadas ao desenvolvimento social, à educação e à diversidade. Seus projetos já impactaram cerca de 600 mil pessoas. Dentro do eixo Inclusão, a Renault apoia a Associação Borda Viva. Ela tem como principal objetivo promover o desenvolvimento da região próxima ao Complexo Ayrton Senna, beneficiando mais de 10 mil pessoas por ano. O projeto promove a segurança alimentar para as crianças da comunidade, gerando melhores condições para o aproveitamento escolar, além de renda e capacitação para as mães. Além disso, a Associação Borda Viva também atua na confecção e venda de itens elaborados com materiais das linhas de produção da Renault – como cintos de segurança e forração dos bancos – e na venda de refeições para a Renault e para alguns fornecedores.

Outro programa importante possui foco na segurança e melhoria do trânsito brasileiro. Intitulada O Trânsito e Eu, a ação consiste em atividades teóricas e práticas que buscam sensibilizar as crianças para que tenham boas práticas no trânsito e para o exercício da cidadania. O programa do Instituto Renault já alcançou cerca de 80 mil alunos, em sete municípios pelo Brasil, com uma minicidade fixa e também com ações itinerantes realizadas em eventos, shoppings e parques, por exemplo. 

A preocupação com o meio ambiente também é um dos focos da Renault. Em 2017, o Complexo Ayrton Senna atingiu a marca de “aterro zero”, por reciclar ou reutilizar 100% dos resíduos gerados no processo de produção. A unidade foi a primeira fábrica da Renault fora da Europa a atingir tal feito.


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Quarta, 11 Dezembro 2024

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