ONU afirma que recessão global é praticamente certa

Economia chinesa está se normalizando após pico da Covid-19

O secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), Antonio Guterres, alertou que uma recessão global é "praticamente certa" em razão da pandemia do coronavírus. Ele afirmou que a atual crise global de saúde é "diferente de qualquer outra num período de 75 anos na história das Nações Unidas". Guterres se referiu ao informe da Organização Internacional do Trabalho (OIT), que estima que os trabalhadores em todo o mundo poderão perder até mesmo US$ 3,4 trilhões de receita até o fim deste ano.

Ele conclamou a realização de uma resposta global coordenada para ajudar os países em desenvolvimento a conterem o alastramento do vírus. Guterres acolheu com agrado a decisão tomada pelos líderes do G20 de realizar uma cúpula de emergência por meio de vídeo, na próxima semana, para discutir a questão da pandemia. Guterres conclamou os líderes a coordenarem uma resposta em uma amplitude que deve combinar com a escala da crise.

Sinais de recuperação
A economia da China está começando a mostrar alguns sinais de normalização após o grande impacto causado pelo coronavírus (Covid-19), mas os riscos permanecem, anunciaram autoridades do Fundo Monetário Internacional (FMI) em um blog sobre o impacto econômico da pandemia.

A maioria das grandes empresas chinesas reabriu e muitos funcionários locais voltaram ao trabalho, mas as infecções podem aumentar novamente à medida que as viagens nacionais e internacionais forem retomadas, alertou o FMI. Eles também relataram que surtos em outros países e variações no mercado financeiro podem fazer com que consumidores e empresas sejam cautelosos com os produtos chineses, no momento que a economia do gigante asiático está voltando ao trabalho.

O governo da China divulgou novas medidas para apoiar empregos, num momento em que a segunda maior economia do mundo caminha para a recessão pela primeira vez em quatro décadas devido ao surto de coronavírus. A taxa de desemprego da China subiu para um recorde máximo de 6,2% em fevereiro, e qualquer aumento rápido do desemprego pode representar um grande desafio para os líderes obcecados por estabilidade.

A China acelerará os cortes direcionados de impostos e juros para as empresas, devolverá mais prêmios de seguro-desemprego às empresas que pouparem empregos e subsidiará pequenas empresas para empregar graduados com contratos de trabalho por mais de um ano, informou o governo, em comunicado.

*Com NHK , emissora pública de televisão do Japão, e Reuters

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Sábado, 14 Dezembro 2024

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