Inflação pelo IPCA-15 fecha novembro em 0,26%
A inflação – medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo – 15 (IPCA-15) – fechou novembro com variação de 0,26%, o menor resultado do indicador para o mês desde a taxa de 0,23% de 2007. Os dados foram divulgados nesta quarta-feira (23) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Os índices indicam que o resultado acumulado de janeiro a novembro é de 6,38%, bem abaixo dos 9,42% anotados em igual período do ano passado.
A retração dos preços dos alimentos, que, por algum tempo vinha pressionando a inflação para cima, mais uma vez contribuiu para que ela ficasse em patamar baixo, uma vez que o grupo saúde e cuidados pessoais continuou pressionando para o alto. Segundo o IBGE, enquanto os preços do grupo alimentação e bebidas fecharam com deflação de 0,06%, os de saúde e cuidados pessoais chegaram a subir 0,68%. O grupo vestuário, com variação também negativa (-0,03%), contribuiu para segurar os preços do IPCA-15, em novembro.
Alimentação
Mesmo fechando novembro com queda de preços menos intensa do que em outubro, o grupo alimentação e bebidas acusou redução de preços em vários dos produtos considerados pelo IBGE como importantes na composição da cesta das famílias. Os dados revelam que, com a inflação negativa de 0,06% em novembro, o IPCA-15 já acumula nos últimos dois meses uma queda de 0,31 ponto percentual. O principal destaque ficou com o leite longa vida que passou a custar 10,5% a menos em novembro, e, com isso, exerceu o principal impacto para baixo no índice do mês (-0,12 ponto percentual).
Outros itens alimentícios que se destacaram foram: feijão-carioca (-11,8%), feijão-mulatinho (-7,8%), tomate (-6,6%) e cenoura (-4,3%), todos vilão da inflação há pouco tempo. Mesmo com o grupo em queda, alguns alimentos exerceram pressão de alta sobre o índice, especialmente açúcar cristal (3,7%), pescados (3,9%), batata-inglesa (3,2%), cerveja (2,3%) e carnes (1,4%).
Seguros e planos de saúde
Os números do IPCA-15 trazem em novembro uma tendência de alta, com destaque para o etanol, cujo litro ficou 7,2% mais caro, e, assim, exercendo o mais elevado impacto individual no mês (0,07 ponto percentual). O IBGE chama a atenção, também, para o item multa [de trânsito] pelo expressivo aumento de 23,7%, como reflexo do reajuste médio de 53%, em vigor desde 1º de novembro. Outros itens que também influenciaram o resultado do mês foram: seguro de veículo (2,6%), plano de saúde (1%), mão de obra para pequenos reparos (0,8%), cabeleireiro (0,6%) e gasolina (0,5%).
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