Gazeta do Povo: inovação que está no DNA

O case a seguir faz parte do livro “Paraná – Grandes Marcas”, publicado pelo Instituto AMANHÃ. Numa Curitiba de menos de 80 mil habitantes, surgia um novo periódico em fevereiro de 1919. Imbuídos pela ideia de dar voz aos paranaenses e trabalhar em p...

O case a seguir faz parte do livro “Paraná – Grandes Marcas”, publicado pelo Instituto AMANHÃ.


Numa Curitiba de menos de 80 mil habitantes, surgia um novo periódico em fevereiro de 1919. Imbuídos pela ideia de dar voz aos paranaenses e trabalhar em prol das mais legítimas causas do estado, os advogados Benjamin Lins e De Plácido e Silva lançaram o primeiro exemplar da Gazeta do Povo. Como todos os veículos eram ligados a figuras políticas, a criação da Gazeta foi uma maneira de mostrar as injustiças que aconteciam e eram desconhecidas.

O modelo disruptivo começava pelas novidades gráficas, como a inédita impressão em cores com um anúncio da Yerba Mate Especial Natália, em 1923. Naquele mesmo ano, o jornal distribuiu o primeiro almanaque do estado, com atualidades, ilustrações, charadas, esportes e literatura. E numa pedra de mármore divulgava as últimas notícias, escritas à mão em retalhos de papel aproveitados das próprias bobinas rotoplanas do jornal. Já na década de 1920, a Gazeta do Povo se tornava um grande jornal, respaldado pela credibilidade do seu trabalho.

Daquele jornal de apenas seis páginas, veio formar-se, com o passar do tempo, um dos maiores grupos de comunicação do Brasil, o GRPCOM – Grupo Paranaense de Comunicação. Passados 99 anos, o jornal participou da ascensão do rádio, da televisão e da chegada da internet. Da longínqua década de 1910, a Gazeta do Povo mantém sua postura independente, seu compromisso com o Paraná e toda dedicação aplicada para que as informações cheguem a qualquer hora do dia às mãos dos leitores. 

Das páginas tipografadas aos bytes
Em um cenário onde as novas tecnologias colocam à prova as estratégias dos veículos tradicionais de comunicação, pensar em um novo modelo de negócios é fundamental para não ficar para trás. Às vésperas de completar o seu centenário, a Gazeta do Povo se mostra mais moderna e jovial do que nunca. O grande passo aconteceu em 30 de maio de 2017, quando a Gazeta do Povo deu o passo rumo à transformação digital e se tornou o primeiro quality paper 100% digital do país. Apesar do fim de sua versão impressa diária, o jornal desenvolveu uma edição impressa semanal, para leitores que consomem a modalidade impressa, além do digital. O pioneirismo da decisão, entretanto, vem de bem antes. Enquanto os brasileiros começavam a explorar o mundo digital, a Gazeta foi o primeiro diário paranaense e o segundo do país a colocar seu conteúdo na internet, ainda em 1996.

Se o formato mudou, a certeza de um conteúdo de qualidade, bem apurado e com a cara dos paranaenses segue mantendo a Gazeta do Povo entre os grandes. Com presença e relevância local e nacional, é o quarto jornal mais lido no Brasil, tendo 17 milhões de browsers únicos, ou seja, de diferentes dispositivos (computadores, smartphones, tablets) que acessam o jornal pela internet mensalmente. Os números impressionam: são 2 milhões de visitantes únicos somente na Grande Curitiba, o que representa 75% da população com mais de 18 anos. O forte desempenho também ultrapassa as fronteiras paranaenses, já que 80% da sua audiência vem de fora do estado. Com perfil de revista, a edição semanal circula nos fins de semana, trazendo reportagens exclusivas e análises profundas dos principais acontecimentos.

O jornal que nasceu impresso se reinventou no ambiente digital ao adotar a estratégia “mobile first”, em que a produção de conteúdo é dirigida a dispositivos móveis principalmente. Ao se renovar, também encarou os principais dilemas do jornalismo atual, como a falta de referências e as chamadas fake news. “As pessoas têm uma necessidade de clareza, de um jornalismo que ajude a dar contexto, sentido, para as informações. Ao perceber tudo isso, tomamos a decisão de concentrarmos em nossas plataformas digitais”, avalia Guilherme Döring Cunha Pereira, presidente executivo do grupo GRPCOM. Para proporcionar ao leitor uma navegação mais intuitiva e personalizada, o site do jornal também foi reformulado, aumentando a variedade de formatos de notícia e passando a contar com podcasts e transmissões ao vivo pelas redes sociais. 

Isso é resultado dos investimentos de mais de R$ 23 milhões feitos em tecnologia, desenvolvimento de sistemas, modernização de equipamentos e melhorias em fluxos internos de trabalho. Uma das inovações é a distribuição de notícias que se dá por geolocalização. Para quem acessa a Gazeta em qualquer de suas plataformas, os assuntos de Curitiba estão disponíveis para quem é da capital e região; do Paraná, para quem é do interior; e nacionais para quem não está no estado. Com isso, mudou a plataforma de distribuição, mas também a forma como faz sua cobertura jornalística, iintensificando-a e entregando ao seu público temas que vão além da fronteira do Paraná, mas sem diminuir a atenção aos fatos e temas locais e estaduais. 

Outra tecnologia implementada é o leiturômetro, um sistema de acompanhamento inteligente para o público. A experiência social dentro do jornal também foi pensada para intensificar a relação entre os leitores, comentando e indicando os conteúdos que mais interessam. Agora, através de um algoritmo desenvolvido pela própria equipe da empresa, é possível saber quando um amigo leu a mesma notícia e chamá-lo para conversar nas redes sociais. 

Além disso, o Clube é uma forma de valorizar os assinantes, disponibilizando descontos em restaurantes, centros de estética e beleza, cursos, entretenimento, entre outras oportunidades exclusivas. São mais de 1,2 mil estabelecimentos em 15 municípios paranaenses.

Prêmios e reconhecimento internacional 
Seu comprometimento com o interesse público e defesa dos interesses da comunidade paranaense estão presentes em cada reportagem publicada pelo veículo. Tanto que a Gazeta do Povo foi um dos únicos jornais paranaenses a receber o Prêmio Esso de Jornalismo – mais importante distinção conferida a profissionais de imprensa no Brasil. Em 2010, os jornalistas Katia Brembatti, Karlos Kohlbach, James Alberti e Gabriel Tabatcheik foram agraciados pelo trabalho “Diários Secretos”. Na série, a Gazeta do Povo e a RPC TV mostraram um esquema de corrupção que, segundo o Ministério Público, desviou R$ 100 milhões da Assembleia paranaense. Os jornalistas também foram reconhecidos pelo Prêmio Tim Lopes de Jornalismo Investigativo, em 2010, e conquistaram os troféus da Global Shining Light Award e de melhor reportagem investigativa da América Latina, ambos em 2011. Em 2016, a Associação Nacional de Jornais (ANJ) entregou ao jornal e a sua equipe de profissionais o Prêmio ANJ de Liberdade de Imprensa, por terem sido alvo de dezenas de processos movidos por juízes devido a uma série de reportagens sobre a remuneração do Judiciário paranaense.

A Gazeta do Povo firma seu compromisso permanente com os leitores: publicar, seja em suas páginas ou nas plataformas digitais, conteúdos rigorosamente éticos, fiéis à informação e a serviço de toda a sociedade. O centenário do mais antigo jornal em circulação no estado é o prelúdio de uma história que será ainda mais perene.

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Quarta, 11 Dezembro 2024

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