Dólar termina o dia em queda e bolsa fecha em alta
Horas depois de digerir a nomeação do ex-presidente Lula para o cargo de ministro da Casa Civil, os agentes financeiros começaram a antecipar as possíveis medidas econômicas que podem ser anunciadas nos próximos dias. Entre os nomes que estavam cogitados para a composição do novo ministério estava o do ex-presidente do Banco Central, Henrique Meirelles. Desse modo, o Ibovespa fechou em alta de 1,3% aos 47.763 pontos. O dólar fez a travessia inversa e terminou cotado a R$ 3,7380 – uma baixa de 0,6%.
A presidente Dilma Rousseff classificou nesta quarta-feira (16) de "especulações" as possibilidades de alteração na equipe econômica e de utilização das reservas internacionais internamente. Segundo ela, o acúmulo das reservas foi conquistado a "duras penas" e "com grande esforço" em seu governo e no do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Acrescentou que o assunto "jamais" entraria em pauta "a não ser" para resolver problemas de flutuações externas.
"Nós, ao longo desses 13, quase 14 anos, acumulamos reservas. Quando Lula assumiu o governo, nossas reservas não davam para pagar os vencimentos e as dívidas. Continuamos firmes com nossas reservas", afirmou. Dilma conversou com jornalistas nesta tarde, no Palácio do Planalto, após nomear o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva ministro-chefe da Casa Civil. Lula vai substituir Jaques Wagner, que foi deslocado para a chefia de gabinete da Presidência. Ao negar também a possibilidade de mudança na política econômica com a ida de Lula para o governo, Dilma reafirmou que o ministro da Fazenda, Nelson Barbosa, e o presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, estão "mais dentro do que nunca do seu governo".
Dilma Rousseff garantiu que não há qualquer possibilidade de os ministros Nelson Barbosa e [Alexandre] Tombini deixarem o governo. A presidente também defendeu o "compromisso" de Lula com a estabilidade fiscal e o controle da inflação. Em nota, mais cedo, Dilma confirmou ainda que o cargo de ministro-chefe da Secretaria de Aviação Civil (SAC) será ocupado pelo deputado federal Mauro Ribeiro Lopes (PMDB-MG). O Palácio do Planalto começa a perder aliados. Depois do PMDB catarinense ter oficializado a retirada de apoio, a sigla deve fazer o mesmo no Rio Grande do Sul em assembleia na próxima segunda-feira (21).
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