Um mar de notícias falsas

A pesquisa Consumo de Notícias do Brasileiro, realizada em parceria entre BonusQuest e Advice Comunicação Corporativa, revelou que 78% das pessoas utilizam as redes sociais para se informar. Ainda no documento, 42% dos pesquisados admitiram que em al...
Um mar de notícias falsas

A pesquisa Consumo de Notícias do Brasileiro, realizada em parceria entre BonusQuest e Advice Comunicação Corporativa, revelou que 78% das pessoas utilizam as redes sociais para se informar. Ainda no documento, 42% dos pesquisados admitiram que em algum momento já compartilharam alguma notícia falsa para sua rede de seguidores. E ainda mais preocupante: apenas 40% dos entrevistados disseram checar as informações antes de compartilhar.Ainda de acordo com a análise da pesquisa, o Facebook é a principal rede de informação, de acordo com 6 a cada 10 respondentes. Em seguida, aparece o Twitter com apenas 4% e o Linkedin com 2%. O Whatsapp também foi citado por 10% dos respondentes.

As redes sociais se tornaram ambientes de ricos debates para diversos temas, mas ao mesmo tempo, elas abriram espaço que se tornou nocivo para disseminar notícias falsas. Uma verdadeira faca de dois gumes. A extensa propagação de notícias falsas tem um impacto  extremamente negativo nas pessoas e na sociedade, visto que essas notícias são criadas com propósito de enganar os leitores e mudar o curso de determinadas situações, como decisões políticas.

As eleições americanas que elegeram Donald Trump como presidente, por exemplo, uma enxurrada de informações desencontradas – muitas até absurdas – tiveram mais repercussão que as notícias publicadas por veículos tradicionais de notícias, o que podem sim, ter afetado a opinião pública durante o processo. Grande parte dessa pulverização de notícias falsas se deve à automatização de ferramentas de publicação, que possibilitou o surgimento de contas robôs, que são controladas por softwares e se fazem passar por seres humanos. 

Os robôs estão cada vez mais sofisticados e serão usados tanto para conquistar seguidores para determinado candidato, quanto para atacar opositores disseminando informações que influenciam a opinião pública. O mais indicado a se fazer é checar bem as informações que recebemos. Temos de analisar de todas as formas possíveis se os sites e os autores das notícias são confiáveis ou não. Recentemente, a Forbes.com apresentou uma lista de ferramentas que podem ser usadas para combater notícias falsas. Confira a seguir:

- O Spike é uma ferramenta usada para identificar e prever histórias virais. A ferramenta analisa grandes quantidades de dados do mundo das notícias e prevê o que vai impulsionar o engajamento;

- O Hoaxy é uma ferramenta que ajuda os usuários a identificar sites de notícias falsas;

- Snopes é um site que ajuda a identificar histórias falsas;

- O CrowdTangle é uma ferramenta que ajuda a descobrir conteúdo social antecipadamente e monitorar o conteúdo;

- O Check é uma ferramenta da Meedan que ajuda a verificar as notícias que estão se propagando on-line;

- O Le Decodex, do Le Monde, é um banco de dados que hospeda sites que são classificados como "falsos", "reais", entre outros;

- A Pheme deu um salto tecnológico para ler a veracidade do conteúdo gerado pelo usuário on-line.

Para um futuro próximo, tecnologias de Big Data, Inteligência Artificial (AI) e Machine Learning (ML) podem ser a solução para barrar Fake News. Com elas será possível ter os sistemas configurados para identificar possíveis notícias falsas, analisar grandes quantidades de dados, assim como executar ações para alertar a necessidade de interferência humana para verificação da credibilidade da informação. A tecnologia será a solução para que a verdade sempre se sobressaia em um mar de notícias falsas.

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Sexta, 13 Dezembro 2024

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