PR prepara ecossistema para tecnologia e inteligência

O Paraná prepara um ecossistema de inovação capaz de unir governo digital, desenvolvimento tecnológico na agricultura e fomento de startups. A política tem como pano de fundo aproximar o governo do cidadão e oferecer respostas mais ágeis aos problema...
PR prepara ecossistema para tecnologia e inteligência

O Paraná prepara um ecossistema de inovação capaz de unir governo digital, desenvolvimento tecnológico na agricultura e fomento de startups. A política tem como pano de fundo aproximar o governo do cidadão e oferecer respostas mais ágeis aos problemas cotidianos, além de tornar a Companhia de Tecnologia da Informação e Comunicação (Celepar) referência nacional para produzir inteligência para todas as áreas do governo. O anúncio foi feito na reunião de Secretariado desta terça-feira (12), comandada pelo governador Carlos Massa Ratinho Junior. O ambiente que o Paraná vai criar será capaz de integrar o conhecimento científico das universidades estaduais, a produção tecnológica da Celepar e iniciativas privadas. O governador afirmou que o Paraná quer se transformar em referência de dados, que são a grande commodity do século 21. “A Celepar avança para se tornar uma empresa de inteligência para o governo estar mais próximo do cidadão”, antevê Ratinho Junior.

Segundo Allan Costa (foto), presidente da Celepar, a transformação é fundamental para aprimorar o uso de dados para fomentar novos negócios e principalmente o agronegócio. “Quando se pensar em tecnologia de agrotech, por exemplo, o nome do Estado do Paraná tem que estar no topo da lista. A gente acredita que consegue fazer isso com govtech [governo totalmente digital], startups a serviço do governo, agrotech e blockchain [segurança digital de dados, espécie de impressão digital que corta intermediários]”, afirmou. “A tecnologia virou commodity, se compra na esquina, mais barata a mais eficiente. Se a Celepar apostar somente em tecnologia pode caminhar para a irrelevância. Ela só faz sentido se for uma companhia de inteligência para o Paraná. Há alguns anos as cinco maiores empresas do mundo eram petrolíferas, atualmente são de tecnologia, por sinal aquelas que detêm a maior quantidade de dados. Os dados são o novo petróleo e o valor disso é incomensurável. Os dados estão na Celepar. Essa é a transformação”, destacou. 

O presidente da Celepar também explicou que a companhia experimentou grandes mudanças ao longo dos últimos anos, passando de empresa de processamento de dados para tecnologia da informação. O novo salto passa por orientar a informação pela inteligência, o que fará do Paraná um Estado voltado para a inovação e novos negócios. A consequência será o aumento do emprego e da qualidade de vida das pessoas. “Um Paraná moderno e inovador é a plataforma deste governo, é a visão que a gente tem para construir um Estado mais favorável e simples ao cidadão. Do outro lado vamos possibilitar que startups se desenvolvam e gerem riqueza. Esse pensamento vai conectando o Paraná para liderar esse processo no país”, resumiu Allan Costa. O presidente da Celepar também anunciou que o Paraná passará a compor um órgão internacional chamado Blockchain Research Institute, o mais relevante do mundo sobre segurança de dados. “O Paraná será o ponto focal no Brasil e na América Latina”, afirmou. A parceria foi construída pela Agência Paraná de Desenvolvimento (APD). O Paraná também já começou a se aproximar da produção tecnológica de São Paulo e do Vale do Silício, nos Estados Unidos.

O Estado prevê o anúncio de três grandes projetos digitais para os próximos meses. O primeiro é dirimir os gargalos das startups e criar uma plataforma de inovação aberta que contenha todos os ativos do Paraná para que elas possam se conectar e identificar aqueles importantes a seus negócios. A Fundação Araucária deve ajudar a remunerar esses projetos. “Como se cria uma startup? Um grupo se reúne e encontra um problema relevante para resolver. A medida que a solução evolui esse grupo precisa de pesquisadores de inteligência artificial, por exemplo. Então cria-se um gargalo. Temos as universidades estaduais, os laboratórios e o Instituto de Tecnologia do Paraná. Temos de facilitar o desenvolvimento de pesquisas dentro das empresas e das startups”, afirmou Allan Costa.

O segundo projeto será o desenvolvimento de competências para esse Estado do futuro. “A profissão mais necessária para a tecnologia hoje em dia é o cientista de dados. O Paraná não forma esse profissional. Daqui a algum tempo nós temos de dizer que o Estado tem todas as competências necessárias para essa nova onda”, completou o presidente da Celepar. Por fim, o aceleramento de startups. O Poder Executivo pretende firmar parcerias com as empresas de tecnologia para entregar soluções rápidas para todos os órgãos do Estado. A partir disso, o Paraná pode olhar para outros mercados como a América Central e virar uma espécie de consultor e referência na aplicação de novas tecnologias.

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