O perigo de um clique: o coronavírus na rede

Mensagens falsas tentam roubar dados de usuários na internet

O coronavírus colocou o mundo em vigilância máxima – e não apenas no campo da saúde. A contaminação originada na China se espalhou de forma veloz e letal por diferentes regiões do globo, exigindo medidas de prevenção e segurança por parte de todos. O que pouca gente sabe, porém, é que o coronavírus tem representado um outro tipo de ameaça: a digital. Os cibercriminosos estão se aproveitando do estado de alerta da população para enviar mensagens promovendo conteúdos falsos especialmente criados para roubar dados bancários e ter acesso irrestrito a arquivos, tanto corporativos como pessoais.

Por meio de e-mails com links corrompidos ou de arquivos anexos perigosos que, aparentemente, trazem apenas as instruções de proteção e identificação do novo vírus, os criminosos atacam eletronicamente a população. Ao clicar no conteúdo de uma mensagem, os usuários têm seus computadores invadidos e seus dispositivos infectados com malwares, como o Trojan Emotet (eficaz em ataques a governos e instituições financeiras); Cavalo de Troia (capaz de espionar e roubar dados confidenciais, além de obter acesso ao sistema do dispositivo); e os Ransomwares (cuja função é restringir o acesso ao sistema e cobrar seu resgate em criptomoedas).

A primeira medida para mitigar essas ameaças é trabalhar a cautela. As empresas podem começar suas ações limitando o acesso a links estranhos e orientando seus funcionários a não abrirem anexos de desconhecidos. Além da formação de uma cultura orientada à cibersegurança, é importante investir no uso de tecnologias capazes de identificar vulnerabilidades e prevenir os ataques. Com filtros de conteúdo e firewalls que limitam o acesso de informações e mantem todos os dispositivos protegidos, essas ferramentas certificadas são capazes de evitar roubos de dados e espionagens.

Ter soluções específicas para cada equipamento também é fundamental, pois existem abordagens próprias para PC, servidores e smartphones, sendo os últimos os aparelhos mais usados pelos brasileiros. Programas adequados e sempre atualizados impedem exposições indevidas ou a danificação de bases de dados estratégicas para o negócio, que podem causar danos irreparáveis. O coronavírus tem nos mostrado que combater epidemias exige trabalho conjunto, coordenação e muito controle.

*CEO da Blockbit 

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Quinta, 12 Dezembro 2024

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