Empresa paranaense já produziu 21 mil unidades de “capacete” respiratório
A Medicalway Equipamentos Médicos, empresa paranaense com mais de 20 anos de mercado, alcançou a marca de 21 mil unidades do 7Lives - Helmet, produto para suporte ventilatório desenvolvido junto com a Agile Med Equipamentos e Serviços Hospitalares, e que vem sendo usado principalmente para pacientes de Covid-19. O equipamento tem o formato de "capacete" e é utilizado em associação com um ventilador mecânico.
Regulamentado e registrado pela Anvisa, o Helmet demandou até agora 1,5 mil horas trabalhadas na fábrica em Curitiba. "Em uma pandemia de doença respiratória, é imprescindível alternativas urgentes para dar suporte para a linha de frente, com um produto de rápida reprodução e mais barato. Um Helmet hoje representa menos de 2% do custo de um ventilador de UTI", explica Antonio Mello, diretor geral da Medicalway. Em março, a empresa registrou um aumento de 632% em vendas com relação ao mês de fevereiro e precisou aumentar a capacidade de produção para atender aos pedidos vindos de todo o país.
Bolhas de respiração
Os capacetes são diferentes das máscaras e funcionam como "bolhas" que envolvem a cabeça do paciente, sendo fixados ao pescoço por meio de uma base que impede a passagem do ar. Com a inserção de oxigênio e ar comprimido, o equipamento proporciona uma pressão positiva para auxiliar o indivíduo que apresenta problemas de oxigenação.
"As máscaras pegam a face como um todo e muitas vezes fazem feridas no rosto do paciente devido ao uso prolongado. Já o capacete oferece mais conforto, melhor vedação e prolonga o tempo de uso. Outras vantagens são a visão de 360 graus e a não contaminação da equipe de trabalho", explica Mello. Segundo o Ministério da Saúde, há 65.411 ventiladores mecânicos no Brasil, sendo que 46.663 estão no Sistema Único de Saúde (SUS). Do total, 3.639 encontram-se em manutenção ou ainda não foram instalados.
O Helmet é uma solução baseada em terapias das décadas de 1980 e 1990 empregadas nos Estados Unidos e ganhou força no mercado nacional, durante o combate ao coronavírus. Trata-se de um recurso de respiração artificial não invasivo, que pode reduzir de forma considerável a necessidade do encaminhamento para UTI e intubação de pessoas acometidas pela Covid-19. Ele também oferece suporte ventilatório nos casos de outras doenças que acometem o pulmão e comprometem a oxigenação, como edema pulmonar e pneumonias.
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