Pelo bem do planeta
Que a água é indispensável para o desenvolvimento, todos sabem – a começar pela indústria, cada vez mais pressionada a intensificar sua preocupação com recursos hídricos para andar na trilha de um mundo mais sustentável. Mas não é uma jornada simples para os parques fabris, que esbarram em legislações cada vez mais rígidas sobre os padrões de lançamento de águas residuárias, além de lidar com limitações no fornecimento de água potável. Essas dificuldades têm levado gestores a buscar soluções eficazes para o tratamento e até o reúso.
É nessa demanda que está a maior receita da catarinense Kemia, que se dedica à venda de equipamentos para tratamento de esgoto sanitário, efluentes industriais e chorume de aterros sanitários, além de comercializar estações de tratamento de efluentes, oferecer aluguel de estações e também serviços de operação e manutenção. Com menos de cinco anos de existência, a empresa de Chapecó atingiu um marco surpreendente – o case é ainda mais fora da curva considerando a pandemia. A MPE viu o faturamento saltar de R$ 100 mil em 2016 para R$ 12 milhões no ano passado. "O foco para 2021 é o aperfeiçoamento da nossa estrutura organizacional, permitindo um próximo salto na receita nos próximos anos. Temos a expectativa de crescer até 50%", entusiasma-se Rafael Celuppi, CEO da Kemia, empresa campeã de inovação na categoria MPEs (veja os cinco destaques na tabela abaixo).
Ao longo do processo, a equipe formada por 45 colaboradores busca equacionar três variáveis – tecnologia, inovação e sustentabilidade – na elaboração de projetos. Desafios que vão desde a automação e testes laboratoriais até chegarem no suporte ao cliente. Os funcionários ainda contam com um laboratório de análise próprio e equipamentos para prototipagem. "Nossa política reflete a seriedade desse assunto e por isso investimos cerca de 5% do faturamento em 2020 em pesquisa e desenvolvimento", afirma João Gonçalves, estrategista de inovação da Kemia. O alvo do investimento é aprimorar a eficiência das tecnologias e a construção de equipamentos inovadores. "É nossa obrigação realizar o tratamento de efluentes de uma forma que seja sustentável e cause o menor impacto socioambiental possível", reforça Gonçalves. A Kemia também tem o auxílio de Embrapa Suínos e Aves, Unochapecó e o Instituto Senai de Tecnologia Ambiental – três grandes parceiros para o desenvolvimento de novas tecnologias.
Esse conteúdo integra a edição 337 de AMANHÃ que revelou quem são as empresas mais inovadoras do Sul. Clique aqui para acessar a publicação on-line, mediante pequeno cadastro.
Veja mais notícias sobre GestãoParanáRio Grande do SulSanta CatarinaAMANHÃ Sustentável.
Comentários: