BRDE tem projeto selecionado na conferência da ONU sobre biodiversidade
Lançado há menos de dois anos pelo Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul (BRDE) com o objetivo de estruturar e potencializar suas ações em termos de promoção de impacto social, ambiental e climático positivo na região Sul do Brasil, o programa Fundo Verde e Equidade está entre as iniciativas mundiais destacadas durante a Conferências das Nações Unidas sobre a Biodiversidade (CBD COP16). O Fundo Verde foi selecionado entre iniciativas de 14 países como projeto colaborativo de incentivos positivos para a conservação da biodiversidade. A CDB COP16 está ocorrendo em Cali, na Colômbia, e conta com a participação de uma missão do banco.
Apenas sete programas brasileiros foram incluídos na lista destacada como ações capazes de reduzir "práticas prejudiciais ao meio ambiente e aumentar a implementação de práticas com um impacto benéfico na natureza", menciona o relatório da Conferência. Ainda no ano passado, o BRDE tornou-se o primeiro banco membro da Coalizão LIFE para Negócios e Biodiversidade. O diretor de planejamento do BRDE, Leonardo Busatto, participou ao longo da semana passada da Conferência da Biodiversidade e avaliou a distinção do Fundo Verde como resultado de uma política estratégica que a instituição vem adotando. "Somos a maior instituição de fomento do Sul do país e nossa responsabilidade ambiental precisa ser compatível com essa nossa presença no desenvolvimento de toda região. Na COP16 podemos reafirmar esses compromissos, em especial nos encontros bilaterais com os bancos internacionais", frisou Busatto.
A missão do BRDE contou também com as participações da gerente de planejamento do banco no estado do Paraná, Lisiane Maldaner Astarita; do coordenador de responsabilidade socioambiental, Fernando Laurent, e da gerente de operações da agência de Porto Alegre, Fernanda Costa Maia. Houve a participação da comitiva em diferentes painéis da COP16, que prossegue até a próxima sexta-feira (1). Com mais de 80% de suas operações de crédito aderentes aos Objetivo de Desenvolvimento Sustentável (ODS), o BRDE é primeiro Banco Verde, transformando seus negócios com parceiros alinhados ao compromisso global de descarbonização, investimentos verdes, mudanças climáticas, equidade e inclusão econômica e cidadã.
Iniciativas
Entre as metas do Fundo Verde, o BRDE estabeleceu três prioridades: mitigar o impacto ambiental gerado pelas atividades operacionais do banco; promover projetos socioambientais e climáticos com apoio financeiro e apoiar projetos socioambientais e climáticos por meio de operações de crédito. Uma das primeiras iniciativas com a participação do Fundo Verde está focada na seleção de ideias soluções inovadoras voltadas à adaptação climática, ao turismo de natureza e ao fortalecimento de comunidades tradicionais dos 18 municípios paranaenses da Grande Reserva Mata Atlântica, maior remanescente contínuo do bioma no país. As iniciativas foram selecionadas na última edição da Chamada da Teia de Soluções, iniciativa da Fundação Grupo Boticário de Proteção à Natureza, em parceria com o BRDE e Fundação Araucária (FA). Até R$ 2,9 milhões serão destinados, sendo até R$ 1,2 milhão da Fundação Grupo Boticário, até R$ 1,2 milhão do BRDE e até R$ 500 mil da Fundação Araucária. Todos os projetos terão entre 12 e 24 meses para execução.
No âmbito do Rio Grande do Sul, um dos eixos do Fundo Verde está presente no projeto Alianza Mais, que tem por objetivo oferecer assistência técnica, incentivos e financiamento de projetos que aliem maior produtividade para a agropecuária associado à conservação da biodiversidade do bioma Pampa. O projeto é uma parceria entre a Alianza del Pastizal e o BRDE e prevê investimentos de 7 milhões de euros (algo próximo de R$ 40 milhões) ao longo de cinco anos em favor de produtores, incluindo mulheres e jovens rurais, comprometidos na conservação dos campos nativos do Pampa e, desta maneira, contribuir com os desafios das mudanças climáticas. Do total de investimentos previsto para o projeto Alianza Mais, 2 milhões de euros (ao redor de R$ 10 milhões) têm origem em aporte do Fundo Francês para o Meio Ambiente Mundial (FFEM), viabilizando os incentivos aos financiamentos e outras inciativas que o projeto passou a executar desde outubro do ano passado.
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