Indústria de máquinas e equipamentos cresce 11,2% em setembro
A indústria nacional de máquinas e equipamentos apresentou sinais de recuperação em setembro de 2025, após a retração de 5,1% registrada em agosto. Segundo estudo divulgado ontem pela Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq), o setor movimentou R$ 27,2 bilhões em receita líquida de vendas, o que representa um crescimento de 11,2% em relação ao mesmo mês de 2024. No acumulado do ano, a expansão chega a 10,8%, praticamente estável frente ao resultado até agosto (10,7%).
O bom desempenho foi puxado principalmente pelo mercado interno, que somou R$ 20 bilhões em vendas, alta de 18,2% na comparação anual e de 1,4% sobre agosto. No comércio exterior, as exportações somaram US$ 1,3 bilhão, com crescimento de 5,1% sobre agosto e de 1,8% frente a setembro de 2024. No acumulado anual, o setor manteve o patamar de 2024, mesmo diante da queda nos preços internacionais (-2,2%) e da retração nas compras dos Estados Unidos (-8,2%). O aumento no volume físico exportado (+2,8%) e a expansão das vendas para a América do Sul (+18,5%) compensaram parcialmente as perdas no mercado norte-americano.
As exportações para os EUA recuaram 10% em relação a agosto e 13,1% na comparação anual. Houve quedas expressivas em segmentos como componentes (-28,9%), máquinas agrícolas (-20,6%), máquinas para a indústria de transformação (-18,5%) e infraestrutura (-14,8%). Apenas o grupo de máquinas para construção civil registrou crescimento, com alta de 5,4%.
As importações, por sua vez, totalizaram US$ 2,7 bilhões em setembro, aumento de 8,1% sobre o mês anterior e de 8,4% frente ao mesmo período de 2024. No acumulado do ano, chegaram a US$ 23,9 bilhões, o maior valor da série histórica iniciada em 1999. As tarifas adicionais de 40% impostas pelos Estados Unidos sobre produtos brasileiros tiveram impacto menos severo do que o inicialmente previsto, levando à revisão positiva das projeções para o setor. A estimativa de queda nas receitas com exportações foi revista de 15,1% para 4,2%, considerando uma retração de 24,4% nas vendas ao mercado norte-americano no quarto trimestre. A projeção de crescimento no mercado doméstico foi mantida em 11,9%, e a expectativa para a receita total do setor foi elevada de 5% para 7,6% ao longo de 2025.
Veja mais notícias sobre BrasilIndústriaSul for Export.
 
		
Comentários: