Porto Alegre terá aporte de US$ 30 mi do Banco Mundial
O prefeito Nelson Marchezan Júnior e a comitiva que está nos Estados Unidos para atrair investimentos para Porto Alegre receberam na segunda-feira (26), do Banco Mundial, em Washington, a confirmação de que haverá um aporte na casa dos US$ 30 milhões para apoiar um plano de desenvolvimento do 4º Distrito, região que compreende os bairros Floresta, Navegantes, São Geraldo, Humaitá e Farrapos. Os recursos deverão ser utilizados para a contenção de alagamentos, saneamento e mobilidade urbana.
Além disso, a prefeitura obteve outro importante apoio, através da oferta de assistência técnica do Banco Mundial, que servirá para a estruturação de projetos e revisão do Plano Diretor da capital gaúcha, com recursos a fundo perdido, tendo como viés gerar os mecanismos necessários para viabilizar a reconversão do 4º Distrito. Como Porto Alegre não tem nota de crédito para contrair investimentos internacionais, o Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul (BRDE) será o intermediador do recurso. Esta é uma operação inédita do Banco Mundial, utilizando o intermédio de uma instituição financeira local para superar a saúde financeira do município.
A atual avaliação de capacidade financeira da capital gaúcha, determinada pela Secretaria do Tesouro Nacional, classifica Porto Alegre com rating C, o que impossibilita a contração de um empréstimo junto ao Banco Mundial de forma direta. Para voltar a contrair este tipo de recurso, a cidade precisa realizar reformas estruturais que garantam a saúde financeira do município. “Estamos buscando outras alternativas para não perdermos mais financiamentos do que já perdemos. Neste caso, o limite de crédito não será da prefeitura e sim do BRDE”, explica o prefeito. Segundo o professor Luiz Carlos Pinto da Silva Filho, diretor da Escola de Engenharia da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) e coordenador do Pacto Alegre pela Aliança da Inovação, o Banco Mundial está muito entusiasmado com o avanço das negociações com Porto Alegre e disposto a aumentar seu envolvimento. “A operação com o BRDE está sendo vista como piloto de um novo modelo de arranjo para operações com municípios brasileiros”, observa.
Na reunião na embaixada do Brasil em Washington, Luciana Mancini, assessora da área de inovação, disse que ficou sabendo do lançamento do Pacto Alegre, na semana passada, e ficou muito empolgada, sugerindo a prospecção de parcerias internacionais especialmente em inovação, Data Science e na área da saúde. A comitiva também almoçou com Sameh Wahba, diretor global da área de Resiliência do Banco Mundial, para realizar um alinhamento institucional, a fim de avançar no plano de negócios para laboração do projeto âncora de revitalização do 4º Distrito, que servirá como modelo para aplicar em outras áreas que necessitem de projetos semelhantes, além de reestruturar o plano diretor da cidade.
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