Padrão Mackenzie de gestão para reerguer o Evangélico
Por R$ 215 milhões, o Instituto Presbiteriano Mackenzie, de São Paulo, arrematou o Hospital Universitário Evangélico de Curitiba e a Faculdade de Medicina Evangélica, que desde 2014 estão sob intervenção da Justiça do Trabalho, ameaçados de fechamento por uma dívida que bate os R$ 230 milhões. O leilão realizado nesta sexta-feira, em Curitiba, representa mais do que a venda do negócio. O novo dono, livre dos passivos fiscal e trabalhista, tem a tarefa de resgatar um patrimônio que é muito caro à cidade.
“Acalentávamos esse sonho há mais de um ano. Agora temos projetos para entregar a Curitiba o hospital e a faculdade que ela merece”, disse o diretor-presidente do Mackenzie, José Inácio Ramos, logo depois que o leiloeiro oficial Hélcio Kronberg bateu o martelo. A emoção de Ramos, que arrematou o complexo entre lágrimas, surpreendeu quem acompanhou os dez minutos do leilão, no auditório do Tribunal Regional do Trabalho.
O pregão atraiu três grupos investidores, porém um deles não compareceu. Este é o segundo leilão do Evangélico. O primeiro, realizado em 17 de agosto, foi desfeito. Na ocasião, o consórcio que havia arrematado as instituições por R$ 259 milhões descumpriu o prazo de dois dias úteis para o pagamento do sinal - equivalente a 20% do valor da arrematação -, provocando a desfeita do primeiro leilão de venda. O consórcio vencedor deve pagar 20% do valor de entrada até dia 5 de outubro.
Com a aquisição, o tradicional Mackenzie – com sede em São Paulo e unidades de ensino também em Brasília, Rio de Janeiro e Tocantins, passa a ter uma faculdade de Medicina. No ano passado, o instituto comprou um hospital em Dourados (MS) que, guardadas as proporções, segundo Ramos, estava em piores condições financeiras do que a instituição curitibana. “Estamos cientes da importância do Evangélico para o SUS no Paraná, de sua excelência no tratamento de queimados e da qualidade de seus profissionais. Trazemos o padrão Mackenzie de gerir, baseado na competência e também em valores éticos e morais”, disse Ramos.
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Angelina Caron investe R$ 40 milhões
Destaque do pequeníssimo e respeitado time das instituições hospitalares eficientes, o Hospital Angelina Caron (HAC) anuncia investimento de R$ 40 milhões até 2020 em infraestrutura, pesquisa e tecnologia para melhorar o atendimento dos pacientes. O HAC é uma instituição filantrópica que fica em Campina Grande do Sul, município da Região Metropolitana de Curitiba, e faz cerca de 420 mil atendimentos por ano, dos quais 93% deles pelo SUS.
Os pacientes vêm de 396 municípios de todos os estados do Brasil. Além do pronto atendimento, o hospital realiza cerca de dois milhões de procedimentos e 25,1 mil cirurgias por ano – 31% de alta complexidade. O HAC é o primeiro no país em transplante de pâncreas e em cirurgias bariátricas. A estrutura distribuída em 50 mil m² é de 1,7 mil colaboradores, 250 médicos e 406 leitos, dos quais 93 são de UTI. Num cenário de grandes dificuldades para a gestão hospitalar, investir só é possível com a adoção continuada de boas práticas de gestão, diz o diretor administrativo Bernardo Caron.
Alunos idosos
450 alunos acima de 70 anos estão matriculados em cursos de graduação e pós da Uninter, informa o reitor Benhur Gaio. Para atendê-los na adaptação às novidades tecnológicas, sempre uma barreira para essa faixa etária, o centro universitário mantém uma professora de informática à disposição durante as aulas e as provas presenciais. A instituição trabalha com um cenário em que o número de alunos será crescente como resultado do aumento da população idosa, que em 2016 já era a quinta maior do mundo, segundo o Ministério da Saúde. A previsão para 2030 é de que o número de idosos no país ultrapasse o total de crianças entre zero e 14 anos. “Uma das consequências dessa inversão na pirâmide social é a presença cada vez maior de pessoas com mais idade no mercado de trabalho e nas instituições de ensino”, avalia Gaio. O Grupo Uninter tem mais de 200 mil alunos ativos em 200 cursos.
Ritmo no MEGA
A Ritmo Logística, empresa que oferece soluções logísticas rodoviária e intermodal em todo o país, ampliou sua atuação no Rio Grande do Sul e instalou uma nova unidade em Esteio, região metropolitana de Porto Alegre. O espaço, que tem 218 m² e será usado tanto para atividades administrativas quanto operacionais, faz parte do MEGA Esteio, condomínio logístico padrão A administrado pela curitibana Capital Realty, com forte operação nos três estados do Sul. O local tem posto de combustível, serviços de autoelétrica e borracharia, loja de conveniência, restaurante, vestiário para motoristas e estacionamento para veículos leves e carretas. Para a região, a Ritmo Logística montou uma frota com mais de 100 ativos, entre caminhões e carretas. É a terceira unidade da empresa no Rio Grande do Sul, que já conta com operações em São Borja e Taquari.
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