Na cerimônia de 500 MAIORES DO SUL, empresários cobram reformas
As maiores e mais eficientes empresas listadas no tradicional ranking 500 MAIORES DO SUL, desenvolvido pelo Grupo AMANHÃ e PwC Brasil, foram premiadas em um evento on-line publicado no canal do AMANHÃ TV no YouTube. "O Sul é a segunda região mais importante do Brasil do ponto de vista econômico e a única a ter um ranking regional. A pujança e o empreendedorismo do Paraná, de Santa Catarina e do Rio Grande do Sul são exemplo para o mundo", assinalou Jorge Polydoro, Publisher do Grupo AMANHÃ.
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"O ano de 2019 foi um período de crescimento para as empresas do ranking, demonstrando que estavam bem preparadas para enfrentar 2020", afirmou Rafael Biedermann, sócio da PwC Brasil, ao apresentar alguns dos principais indicadores de desempenho. Biedermann deixou um alerta e uma recomendação às companhias. "O avanço nas vendas mostra que todas as 500 MAIORES DO SUL vinham embaladas em 2019. Investir nas práticas de governança para buscar capital será vital para ultrapassar o ano de 2021", sinalizou. Ao lado de Biedermann na apresentação, o diretor de Redação de AMANHÃ, Eugênio Esber, fez referência ao resultado da aliança entre PwC e Grupo AMANHÃ para compor o maior ranking regional de empresas do Brasil desde o início dos anos 1990. "Podemos dizer que que este ranking, que agora completa 30 anos, decorre dessa saudável e virtuosa união do rigor dos auditores e da liberdade analítica dos jornalistas", pontuou Esber.
Carlos Moisés, governador de Santa Catarina, enalteceu o avanço das companhias do estado. "O ranking 500 MAIORES DO SUL destaca o empreendedorismo de Santa Catarina. O estudo nos mostra que as companhias catarinenses são fortes e inovadoras. Quatro das dez maiores da Região Sul são de Santa Catarina", sublinhou o governador. Além de festejar a rentabilidade alcançada pelas catarinenses – a maior média entre os três Estados do Sul –, Carlos Moisés colocou o governo do Estado à disposição "para criar um ambiente favorável à inovação, ao crescimento e ao empreendedorismo catarinense".
Ratinho Junior, governador do Paraná, também teve razões para celebrar. "Quero cumprimentar a todos que participam desse tradicional evento do Grupo AMANHÃ. Sabemos da importância dessas empresas que ajudam o Brasil a crescer e a se desenvolver. Quero parabenizar os representantes das empresas que nos coloca em uma posição fantástica no ranking onde o Paraná desponta com a maior soma de receitas. O Sul do Brasil é uma região fantástica, temos os melhores IDHs do país. Tenho conversado muito com Carlos Moisés e Eduardo Leite para, juntos, pensarmos soluções de modo a facilitar a vida de quem produz, de quem gera empregos que são vocês, empresários, que ajudam a desenvolver o Paraná e a região", exaltou.
Eduardo Leite, governador do Rio Grande do Sul, louvou a veia empreendedora de paranaenses, catarinenses e gaúchos. "Expresso meu reconhecimento a todas as empresas premiadas neste evento, em especial as gaúchas. São negócios que geram oportunidade e renda para milhares de pessoas contribuindo social e economicamente para o desenvolvimento da região Sul. Companhias que vão além de oferecer serviços de qualidade e que também transportam a bandeira do Rio Grande do Sul para o mundo. Na vizinha Santa Catarina e no Paraná, e também aqui, há pessoas vocacionadas para o empreendedorismo, por isso, temos uma região forte e valorizar esse potencial em celebração como 500 MAIORES DO SUL é uma justa forma de destacar toda essa dedicação e tornar esses exemplos como fontes de inspiração para as demais pessoas. Esperamos que o novo ano que se aproxima seja muito melhor para todos nós, tanto no enfrentamento da pandemia, como na economia", salientou.
Lorival Luz, CEO Global da BRF, que ocupa a vice-liderança no ranking, declarou que o trabalho feito por AMANHÃ e PwC motiva a empresa. "Distinções e reconhecimentos como o que recebemos em 500 MAIORES DO SUL são para nós um estímulo para prosseguirmos nesse caminho e contribuindo para o crescimento da região. Para os próximos anos temos planos realistas, mas expressivos. E o reconhecimento de AMANHÃ e PwC Brasil é uma motivação a mais para o time BRF", comemorou.
A mensagem dos CEOs para a retomada
Líderes das melhores e mais relevantes companhias do Paraná, de Santa Catarina e do Rio Grande do Sul responderam o que os faz confiar no futuro de suas empresas. Na oportunidade, CEO paranaenses, catarinenses e gaúchos também apontaram quais são os fatores essenciais para o Brasil retomar o crescimento em 2021. Em uníssono, os empresários clamaram pelas reformas estruturais. Confira as manifestações dos líderes:
José Aroldo Galassini, presidente do Conselho de Administração da Coamo, maior cooperativa da América Latina. "Para o país voltar a crescer precisamos ter redução do Custo Brasil. Para isso precisamos de reformas, entre elas a administrativa, política e tributária. Isso é urgente, era para já ter sido feito, pois dá resultado. Aprovamos a reforma da previdência social que já foi um passo importante e é preciso continuar a aprovar reformas, pois são urgentemente necessárias".
Fabio Faccio, CEO da Lojas Renner. "Temos de voltar a ter a capacidade que tínhamos anos atrás e acelerar. Para isso, tanto a população, quanto empresas e empresários têm de ter uma força muito grande para elevar a consciência política para que nossos governantes como um todo não fiquem em ações populistas, mas que façam há anos que sabemos que tem de ser feito: uma profunda reforma trabalhista, tributária, fiscal e mais do que tudo, uma reforma política para que a gente possa colocar nosso país nos eixos e não aquilo que dá voto", pediu.
Daniel Slaviero, presidente da Copel, a maior empresa do Paraná, de acordo com o ranking elaborado por AMANHÃ e PwC Brasil. "A trajetória da dívida e a contenção dos gastos são relevantes para mostrar a estabilidade da nossa nação. O tamanho da dívida pública se tornou um novo normal, não só no Brasil, mas em todo o mundo. A trajetória da dívida e o compromisso do governo com a manutenção dos gastos dentro dos limites responsáveis são fundamentais para o contínuo crescimento do país para que possamos usufruir de todas as oportunidades que o mondo dará com este ambiente de alta liquidez e baixa taxa de juros", sugeriu.
Neivor Canton, presidente da Cooperativa Central Aurora. "Enquanto o Brasil das reformas não acontece, enquanto o Brasil das privatizações sofre de timidez, enquanto perdurarem descabidos e incontáveis entraves burocráticos na vida dos brasileiros e daqueles que pensam em empreender, apenas como forma de justificar a existência de milhares de estruturas públicas, o Brasil vai padecer e não vai crescer economicamente em padrões aceitáveis. Salva-se o agro com sua praticidade, seus avanços tecnológicos e com novos espaços disponíveis para crescer e este responderá ainda com maior intensidade os apelos de uma nação que lentamente reconhece como o caminho mais curto para o país se tornar uma potência mundial. Já é possível imaginar o dia em que conseguiremos vencer as injustas barreiras que ainda nos impõem muitos mercados pelos mundo afora e que ao invés de exportamos, por exemplo, milhões de grãos em natura podemos transformá-los aqui em proteínas, se não muitos milhões de empregos novos nutrindo nossa economia, agregando valores. Falta muita coisa nessa país para retomamos o crescimento, mas tudo ou quase tudo tem solução, sim, e a curto prazo."
Aurélio Pavinato, presidente da SLC Agrícola. "Esta última década foi perdida em termos de desenvolvimento econômico do nosso país. Isso em pleno século 21. Dois fatores são fundamentais e necessários: o primeiro é investir e o segundo é o aumento da produtividade do trabalho. Em termos de investimento, o Estado brasileiro está sem capacidade, por isso deve privatizar e criar um ambiente favorável para negócios e, assim, atrair capital. Aumento da produtividade do trabalho se consegue através de investimentos em educação. Ambos são projetos de longo prazo e que exigem lideranças que suportem essa estratégia e que construam esse legado para gerações futuras", disse.
Guilherme Penin, diretor regulatório da Rumo. "Precisamos que o Brasil se torne um país que invista mais, pois temos de aumentar a taxa de investimentos, sobretudo aquele que gera desenvolvimento, como aportes em infraestrutura que vão gerar emprego, renda e mais oportunidades para o nosso país. Um ponto a mais em investimento em ferrovias gera três pontos a mais no PIB", exemplificou.
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