Lucro da Copel quadruplica entre julho e setembro
A Copel anunciou que sua receita operacional líquida totalizou R$ 6,9 bilhões no terceiro trimestre, crescimento de 61,2% em relação ao valor alcançado no mesmo período de 2020 (veja os principais indicadores ao final desta reportagem).
Entre os fatores que auxiliaram o resultado estão a comercialização de 641 GWh de energia produzida pela UTE Araucária no período, devido à falta de chuvas, e o maior volume de energia vendida em contratos bilaterais pela Copel Mercado Livre. De acordo com a estatal paranaense, a revisão tarifária periódica aplicada aos contratos de transmissão também foi fundamental para o aumento da receita.
Entre julho e setembro, a Copel registrou lucro líquido de R$ 1,7 bilhão, montante 161,5% superior ao mesmo período de 2020, explicado, principalmente, pelo efeito positivo de R$ 1 bilhão do reconhecimento da compensação referente à repactuação do risco hidrológico. No entanto, incluindo os valores provenientes das operações descontinuadas da Copel Telecom, o lucro líquido registrado foi de R$ 2,8 bilhões, valor 319% maior do que aquele conquistado no terceiro trimestre de 2020.
Como parte integrante da estratégia de redução nos custos, a companhia lançou em agosto o novo programa de demissão incentivada. Ele teve três fases, incluindo inicialmente funcionários da Copel Telecom, estendendo-se aos demais empregados da Copel partir da segunda fase, com adesão voluntária total de 509 funcionários, os quais se desligarão a
partir de fevereiro de 2022. O custo total estimado com indenizações é de R$ 134,5 milhões, a ser reconhecido no exercício de 2021, com economia anual estimada em R$ 151,5 milhões.
A Copel concluiu a modernização da Usina Governador Bento Munhoz da Rocha Netto (Foz do Areia) e colocou em funcionamento a quarta e última unidade geradora da hidrelétrica a passar por reforma. A Usina é a maior operada pela empresa, com 1.676 megawatts de potência total instalada, e está localizada no rio Iguaçu, no município de Pinhão (PR). O amplo projeto de reforma e troca de equipamentos durou quase seis anos e absorveu R$ 150 milhões em investimentos. Com a nova configuração, as quatro unidades geradoras produzem mais energia do que as antigas usando a mesma quantidade de água.
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