Grupo Kempinski chega a Canela para revitalizar Laje de Pedra

Marca hoteleira mais antiga da Europa aposta R$ 540 milhões no novo empreendimento
Hotel terá restaurantes, bares e até mesmo apartamentos à venda em suas dependências

Marca hoteleira berlinense de 1897, a Kempinski chegou ao Brasil e escolheu a cidade de Canela como porta de entrada. A aposta foi na revitalização do tradicional hotel Laje de Pedra, desativado em maio de 2020 e com previsão de reinauguração no segundo semestre de 2024.

O investimento de R$ 540 milhões, além de contemplar as reformas e novas construções no hotel, será destinado para a criação de restaurantes, uma steakhouse, biergarten, wine bar, sports bar, rooftop bar e um bar no lobby, além de um kids club e atrações para todas as idades nas dependências do hotel de luxo.

Além disso, alguns apartamentos estarão à venda no local. O objetivo é trazer o mercado de luxo para a Serra Gaúcha, apostando no turismo regenerativo e na integração do ambiente com a natureza.

Revitalização do Hotel Laje de Pedra

Adquirir o Laje de Pedra sempre foi o sonho de José Paim, proprietário do novo empreendimento ao lado de José Ernesto Marino. "Quando vi o hotel pela primeira vez, ainda na infância, fiquei chocado. Era um hotel magnífico, com traços modernistas e localização fantástica, à beira de um precipício 400m acima do Vale do Quilombo. É inigualável no Brasil", relembra Paim, que aproveitou a oportunidade de comprar o hotel assim que ela surgiu.

Há 20 anos, quando conheceu Christophe Pifaretti, chief development officer do Grupo Kempinski, já havia manifestado seu interesse pelo local. "Gramado foi formada tentando mimetizar a arquitetura da Europa. Mas achamos o Rio Grande do Sul muito mais bonito do que tentamos imitar. Queremos revelar a arte, a culinária e a história gaúchas, e principalmente a natureza do Rio Grande do Sul, com todos os cânions, cascatas e cachoeiras da região", explica. 

Um palco da cultura e natureza gaúchas 

Um dos valores da rede Kempinski é a valorização da cultura e da imersão dos clientes na arquitetura e culinária do local. O Laje de Pedra, que, em 1992 chegou a ser palco do Tratado do Mercosul, mira em ser reconhecido como um palco da cultura gaúcha.

Bernold Schroeder, chief operating officer do Grupo Kempinski na Europa, revela que o projeto de revitalização começou a ser discutido há um ano, e que o objetivo é refletir a beleza de Canela na construção, respeitando a comunidade local e o meio ambiente da região.

Para os visionários do Kempinski Laje de Pedra, esse é um dos grandes diferenciais que justificam o investimento em meio à pandemia, que, apesar de trazer dificuldades, acabou beneficiando alguns segmentos. "O segmento de segunda residência, hotéis e resorts está passando por um boom acentuado", justifica Marino. O objetivo é oferecer lazer para quem faz uso intensivo do segmento, com foco no ecoturismo aliado a serviços de luxo e alto padrão. 

Novos negócios do Sul 

Pifaretti, CDO do grupo, celebra o quinto hotel nas Américas e a entrada no Brasil enquanto garante que não será o último investimento no país. As regiões almejadas pelo grupo, que fechou um contrato de exclusividade com Paim e Marino, incluem São Paulo e o litoral, apesar de nenhum outro projeto concreto estar fechado. "Mas estamos confiantes de que teremos novos projetos no Brasil, sempre em localizações únicas, mágicas e especiais", garante Marino.  

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Sexta, 19 Abril 2024

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